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O Ministério Público do Rio de Janeiro admitiu nesta terça-feira, dia 18 de junho, que os fornecedores do míssil que o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, estava negociando de dentro da prisão, poderiam ser os mesmos que vendem armamentos para a Al-Qaeda, rede terrorista internacional liderada por Osama Bin Laden.
Trechos de telefonemas entre detentos interceptados na penitenciária de segurança máxima Bangu 1 foram divulgados nesta terça-feira pela polícia. A gravação das conversas dos presos consta de investigações do Ministério Público, que tomou conhecimento do fato há 15 dias e, desde então, tem interceptado ligações feitas por meio de um telefone celular. A prisão fluminense foi definida pelo MP como o "escritório central do crime organizado". Em 20 horas de conversas gravadas, o criminoso demonstra total controle sobre a compra e a venda de drogas e de armas em favelas. Em uma das ligações, ele negocia a aquisição de armamentos de última geração, como o míssil Stinger – usado por exércitos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Segundo o MP, Além de Beira-Mar, estão em Bangu 1, Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, e Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém.
Diante dessas informações e da suspeita de conivência por parte de agentes penitenciários e da direção da unidade, expressa pelos promotores Jorge Magno Reis Vidal e Valeria Videira Costa, a juíza Sônia Maria Garcia Gomes Pinto determinou o afastamento provisório do diretor da prisão, Durval Pereira de Melo, e de todos os servidores da unidade. A juíza determinou também a prisão preventiva do advogado de Beira-Mar, Hélio Rodrigues Macedo.
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