A seleção mais protegida do mundo treina em Hamburgo. Não, não é o Brasil, mas os Estados Unidos. Até mesmo a recepção feita por uma escola infantil da cidade passou pela vistoria de agentes de segurança nas mochilas dos professores e de alunos que visitaram o treino do time nesta terça.

O que pode parecer um exagero tem certa base, já que três dos terroristas de 11 de setembro de 2001 eram estudantes em Hamburgo antes dos ataques. Por isso, os EUA têm um esquema especial, que inclui escolta do ônibus – que não tem identificação especial – e diferentes rotas para os treinos.

– Quando a segurança é bem feita, você sequer percebe. Estamos um pouco perdidos com esta nossa mania de sirenes. Nós alteramos um pouco o ambiente da cidade, então só o que podemos fazer é agradecê-los pelo apoio e pela hospitalidade – elogia o técnico Bruce Arena.

O aeroporto de Hamburgo já era guardado pelos policiais locais com atenção antes da chegada dos norte-americanos.

– Estamos em alerta vermelho pelo time dos EUA – garantiu Reinhard Fallak, porta-voz da Prefeitura de Hamburgo, que se diz feliz de receber o time.

Mesmo com algum constrangimento, os jogadores agradecem a dedicação local.

– Obviamente, por sermos norte-americanos, somos mais visados que os outros países. Mas eu só penso nisso quando me perguntam. A segurança é fantástica. Me sinto tão seguro como em casa – disse o meia Landon Donovan.

GAZETA PRESS