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Prefeitos reunidos no 22º Congresso dos Municípios do Rio Grande do Sul assistiram nesta quarta-feira, 19 de junho, a uma prévia da campanha eleitoral deste ano, na qual o candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, deverá ser o alvo preferencial dos ataques dos adversários. O encontro entre candidatos, convidados pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) para apresentar seu plano de governo aos prefeitos, teve tom de debate.
Dividido em três blocos, o painel teve a presença de Celso Bernardi (PPB), Tarso Genro (PT), Germano Rigotto (PMDB), Antônio Britto (PPS), José Fortunati (PDT) e Vicente Bogo (PSDB).
No primeiro bloco, enquanto Bogo, Fortunati e Rigotto apresentavam suas metas de governo, Britto e Tarso cochichavam entre si e trocavam sorrisos. O tom amistoso dos dois, porém, não resistiu à primeira rodada de perguntas, que se transformou em troca de farpas. Tarso foi vaiado pelo público enquanto se dirigia para a tribuna para fazer a exposição de suas idéias. Perturbado com a vaia, chamou o candidato do PPB de Hélio Bernardi e esqueceu de Bogo na saudação. Alguns assessores de deputados do PPS ajudaram a engrossar o coro das vaias. Ao fundo da platéia, quatro prefeitos petistas gritavam e aplaudiam a cada intervenção de Tarso para compensar a hostilidade da assistência.
À exceção de Tarso, todos foram aplaudidos. Nem a lembrança de que o atual governo foi o primeiro a liberar parte do pagamento do transporte de alunos da rede estadual feito pelos municípios ajudou Tarso. Os prefeitos festejaram as críticas do candidato do PPS. Egresso do PT, Fortunati juntou-se aos adversários na crítica de que o governo petista partidarizou a máquina pública. Para azar de Tarso, a primeira pergunta sorteada abordou o ponto fraco do governo Olívio Dutra: a segurança pública. Ameaçados pelo avanço da violência no Interior, os prefeitos se identificaram com os adversários do petista nas críticas à atuação da Secretaria da Justiça e da Segurança.
Bernardi foi aplaudido longamente quando disse que o governo Olívio não tratou a segurança pública como prioridade. De nada adiantou Tarso comparar os repasses de recursos feitos aos municípios pelos governos anterior e atual:
– Antônio Britto repassou R$ 154 milhões para os municípios, e nós, R$ 304 milhões. Na área da saúde, repassamos R$ 121 milhões entre todos os municípios, e Britto enviou R$ 53,4 milhões para apenas 254 prefeituras.
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