| 09/06/2006 13h20min
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, qualificou hoje como "remota" a possibilidade de que o Brasil deixe de importar gás boliviano no futuro, mesmo depois das medidas de nacionalização energética colocadas em prática pelo governo boliviano. Gabrielli, que participa da 23ª Conferência Mundial de Gás, em Amsterdã, considerou "quase impossível" que o Brasil não continue importando gás da Bolívia.
No entanto, especificou que, se essa situação chegar a acontecer, a alternativa para o Brasil seria o aumento da produção interna de gás, especialmente no Espírito Santo. Além disso, o presidente da Petrobras disse que a nacionalização energética na Bolívia "já tinha sido aprovada pelo governo anterior" e que Morales só "decidiu aplicar a lei".
Embora Gabrielli não tenha se aventurado a qualificar as negociações da Petrobras com o governo boliviano como otimistas, ele se mostrou conformado com que, pelo menos, as conversas estejam avançando. O chefe da estatal brasileira destacou a importância do gás como fonte de energia no Brasil, cuja demanda "cresce muito rápido", e se espera que aumente dos atuais 42 milhões de metros cúbicos por dia aos cem milhões de metros cúbicos diários até 2010.
Gabrielli também ressaltou a "importância das fontes de energia renováveis no futuro" e se mostrou convencido de que o Brasil desempenhará um papel importante na produção das mesmas. Sobre isso, opinou que o futuro das energias renováveis passa pela remoção das barreiras européias à importação procedente de países latino-americanos. A Conferência Mundial do Gás, organizada pela União Internacional do Gás, é realizada a cada três anos para que seus agentes internacionais mais importantes discutam sobre o futuro dessa indústria.
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