| 09/06/2006 19h26min
Preocupado com a repercussão negativa da polêmica com Ronaldo às vésperas da estréia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu mandar para o jogador por fax uma carta na qual reafirma o carinho que tem pelo atacante e diz que continua torcendo por ele. Na véspera, durante videoconferência com a Seleção, o presidente perguntou se Ronaldo estava mesmo gordo.
Ronaldo reagiu nesta sexta, atribuindo o debate sobre seu peso a informações desencontradas. Tão logo foi divulgada a declaração de Ronaldo instalou-se um clima de constrangimento no Planalto. O episódio mobilizou a assessoria de Lula em Brasília e no Rio de Janeiro, onde o presidente passou o dia cumprindo agenda de sua ainda não assumida campanha pela reeleição.
No Planalto, tentou-se alegar que Lula quis ajudar o jogador, fazendo a pergunta para encerrar as especulações sobre as condições físicas de Ronaldo. A resposta de Ronaldo, considerada despropositada por alguns assessores do presidente, foi avaliada como reflexo da tensão frente à estréia do time e dos problemas que o atleta vem enfrentando nos últimos dias, como as bolhas nos pés e a febre provocada por uma gripe.
Como futebol é um dos assuntos prediletos de Lula, que costuma rechear seus discursos com metáforas sobre o assunto, o caso foi encarado com muita cautela pelo governo, que decidiu agir rápido para tentar encerrar a discussão. Comentários sobre os hábitos etílicos do presidente costumam ser motivo de grandes preocupações no Planalto e já foi motivo de tentativa de expulsão do jornalista Larry Rotter, correspondente do New York Times que escreveu um artigo sobre o assunto.
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