A Caixa Econômica Federal vai reabrir o financiamento de imóveis para a classe média, suspenso no ano passado. Duas novas linhas de financiamento, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), serão lançadas nos próximos dias. Uma é destinada a quem tem rendimentos mensais entre R$ 2 mil e R$ 3,25 mil, e outra para quem ganha acima desse teto.

A primeira modalidade a ser lançada é relativa a imóveis no valor total de R$ 62 mil e financiamento de até R$ 44 mil (novos ou usados) ou R$ 55 mil (imóvel na planta). As taxas, neste caso, são de 8,16% ao ano mais 1% sobre o valor da operação e R$ 25 mensais de manutenção do contrato.

A outra linha atenderá mutuários com rendimentos acima de R$ 3,25 mil por mês para imóveis novos ou usados, no valor de R$ 80 mil e financiamento de até R$ 64 mil. As taxas são de 10,16% ao ano, mais 1% sobre o valor da operação, além de R$ 25 mensais.

Segundo o presidente da Caixa, Valdery Albuquerque, o banco deve ampliar ainda mais os financiamentos para a classe média a partir de julho deste ano. Ele não detalhou o formato das novas linhas, apenas garantiu que os financiamentos serão lastreados em letras hipotecárias.

Desde janeiro, os interessados na compra financiada de um imóvel usado contam com o modelo de crédito obtido com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Até agora, o FGTS financiava apenas imóveis prontos para trabalhadores com renda mensal de até R$ 2 mil ou imóveis na planta para pessoas com rendimento mensal de até R$ 3,25 mil. Segundo o diretor de Finanças da Caixa, Jorge Avilla, a criação da carta de crédito FGTS para pessoas com rendimento mensal superior a R$ 3,25 mil vai atender a uma parcela da população que ficou desprovida de crédito em setembro de 2001.