| 14/06/2006 18h01min
Os alemães chutaram, cabecearam, insistiram e venceram. Aos 46 minutos do segundo tempo, Neuville conseguiu furar o bloqueio da zaga polonesa e garantir mais três pontos para os anfitriões da Copa. Com o 1 a 0, a equipe de Klinsmann assume a liderança isolada do Grupo A – duas vitórias – e garante classificação antecipada para as oitavas-de-final caso o Equador não perca para a Costa Rica amanhã, em Hamburgo.
Já a Polônia, que perdeu duas, vê suas chances muito reduzidas. Precisa vencer os costarriquenhos em seu último jogo na primeira fase, dia 20, por boa margem de gols, e ainda torcer por resultados paralelos. O próximo confronto dos alemães é contra o Equador, também no dia 20, em Berlim.
Alemanha e Polônia entraram em campo com muita vontade e disposição física, mas pouquíssima qualidade técnica. O resultado: 45 minutos iniciais de lançamentos longos, passes errados, divididas duras e demasiadas faltas.
As poucas chances claras de gol foram dos donos da casa. Aos 10 minutos, Klose recebeu passe de Ballack dentro da área, dominou e bateu cruzado de canhota. A bola parou nas mãos do goleiro Boruc. Doze minutos depois, o lateral-esquerdo Lahm, melhor jogador em campo, cruzou, e o mesmo Klose cabeceou rente a trave, para fora. Já nos descontos, Lahm encontrou Podolski livre na área. O atacante desperdiçou ótima oportunidade.
Os poloneses até tiveram um bom momento, entre os 25 e os 30 minutos, quando atacaram quatro vezes consecutivas. Nenhuma, porém, levou perigo real ao gol de Lehmann.
O futebol dos primeiros 20 minutos posteriores ao intervalo conseguiu ser ainda pior do que o que vinha sendo apresentado. Os poloneses, satisfeitos com o empate, abdicaram de atacar. Os alemães, embalados por sua torcida, tinham ímpeto. Só. Erravam passes curtos, movimentavam-se pouco sem a bola e insistiam na ligação direta entre defesa e ataque.
Klinsmann mexeu no time. A entrada dos atacantes David Odonkor e Oliver Neuville, aliada à expulsão do meio-campo da Polônia Sobolewski, alterou o ritmo da partida. Dos 30 em diante, o que se viu foi uma espécie de treino ataque-contra-defesa. O goleiro polonês Boruc foi o mais exigido.
Aos 33, Lahm arrancou pela esquerda, driblou dois e bateu forte. Na seqüência, a bola sobrou para Neuville que, de dentro da área, desferiu uma bomba. Em ambos os lances, Boruc salvou. Aos 41, Borowski arriscou chute frontal, de fora da área, para fora. Dois minutos depois, Boruc contou com a sorte: Lahm cruzou da esquerda, Klose cabeceou no travessão e, no rebote, Ballack, de dentro da pequena área, também acertou o poste. Já nos descontos, aos 46, veio o merecido gol. Odonkor recebeu na ponta direita, cruzou, e Neuville completou de primeira para o fundo das redes.
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