| 15/06/2006 16h19min
Os presos da Casa de Passagem do Complexo Penitenciário de Vila Velha, no Espírito Santo, estão mantendo seis pessoas como reféns em rebelião iniciada por volta das 14h de ontem. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus), o número de reféns foi informado pelos próprios detentos, seriam quatro religiosos, um agente penitenciário e um assistente social.
O fim da rebelião está sendo negociado por um grupo formado por representantes da Comissão estadual de Direitos Humanos, Pastoral Carcerária, Corregedoria da Sejus e Ministério Público estadual.
O preso Ernandes Bezerra da Silva, de 27 anos, foi morto por asfixia, quando os rebelados queimaram colchões. Silva estava preso desde 30 de julho de 2005, cumprindo pena de quatro anos e seis meses por roubo. Desde ontem, o Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar permanece do lado de fora da unidade.
Uma das exigências é a de que quatro presos que estão na Polícia Federal (PF) voltem para a custódia do Estado. Um deles é José Antônio Marim, o Toninho Pavão, considerado o maior traficante de drogas do Espírito Santo. Ele foi transferido no mês passado após a divulgação de uma conversa telefônica do traficante, de dentro da cadeia, com um comparsa a quem Pavão teria ordenado a execução de um casal. A gravação foi obtida pela PF por meio de escuta telefônica autorizada pela Justiça.
Segundo a assessoria de imprensa da Sejus, essa reivindicação não deve ser atendida pela comissão de negociação. Os detentos pedem também maior agilidade na análise dos processos judiciais, melhoria do atendimento médico e da alimentação e transferência de presos da Casa de Passagem para unidades mais próximas do local onde moravam.
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