A venda da Varig Operações para a NV Participações, formada por funcionários da própria empresa, não é um fator suficientemente forte para mudar o atual processo de liquidação dos fundos de pensão da Varig. Foi o que informou, nesta terça-feira, o novo secretário de Previdência Complementar, Leonardo André Paixão. Segundo ele, o mesmo vale para a intervenção do Aerus, fundo de pensão que reúne os funcionários não apenas da Varig, mas também de outras companhias, como a Transbrasil e a Vasp.

– São duas situações diferentes. A Varig é a Varig e o Aerus é o Aerus. A legislação até fala em possibilidade de reversão de regime de liquidação ou de intervenção. Mas é uma análise que tem de ser feita caso a caso. Por hora, as duas coisas ficam mantidas. Não há nada que indique uma mudança de rumo – disse Paixão.

O novo secretário, que assumiu o cargo hoje no lugar de Adacir Reis, afirmou ter sido incumbido pelo ministro da Previdência, Nelson Machado, de elaborar um projeto de lei criando a Superintendência Nacional de Previdência Complementar, que seria uma estrutura de fiscalização e normatização independente do ministério. A idéia já havia sido transformada em medida provisória que acabou sendo derrotada no Congresso.

– A MP não passou devido a interesses partidários e mesquinhos – comentou Adacir Reis, em seu discurso de despedida.