O ministro da Defesa, Waldir Pires, disse hoje, no Rio, que há dois boeings e outros aviões de prontidão para atender aos cerca de 30 mil passageiros da Varig que estão no Exterior. Segundo o ministro, ontem, dos 2.963 que estavam à espera dos vôos da companhia em Nova York, só 60 ficaram em terra:

– Eles vieram em diversos vôos internacionais das nossas concessionárias que estão participando do plano de emergência, mobilizado pelo governo.

O ministro garantiu que todos os bilhetes já emitidos serão honrados, mas que a prioridade absoluta são os passageiros no Exterior:

– A empresa é concessionária do serviço público, que vende bilhetes. E a população precisa acreditar que esses bilhetes são válidos. Então, se ocorrer um colapso, de qualquer jeito, esses bilhetes precisam ser honrados. Pela sociedade, pelo Estado. Nós nos mobilizamos e vamos continuar até que venham todos da Europa, dos Estados Unidos e da América do Sul. A prioridade é daqueles que estão nos aeroportos ou às vésperas de voltar e não têm nem dinheiro para ficar lá. Essa é nossa principal preocupação – disse o ministro.

Segundo Pires, os aviões da FAB já estão de prontidão e também outros da Embraer para atender os passageiros que não conseguirem endosso de outras companhias.

– Eles podem começar a voar a qualquer instante, dependendo das informações que estão vindo dos consulados e embaixadas, que foram deslocados para os aeroportos para que verifiquem a situação e tomem as providências. Todo o aparelho do Estado está mobilizado para enfrentar essa crise. Sobre o pleito de outras companhias para assumir as rotas domésticas que estão operando emergencialmente, o ministro disse que não há essa hipótese:

– Isso não pode ser considerado como toma lá dá cá. Conversamos com todos eles, estamos em face de uma contingência. Não vamos impor prejuízos a nenhuma empresa, e vamos ver as formas de elas serem recuperados de seus dispêndios. Mas não se pode vincular a estrutura a uma concessão posterior.