| 26/06/2006 17h27min
Não é à toa que comissão técnica e jogadores alemães não gostam de falar sobre estatísticas e números recentes da Alemanha. Há quase seis anos a equipe não vence uma grande seleção, considerando assim as que já conquistaram títulos mundiais. O 1 a 0 sobre a Inglaterra, em outubro de 2000, pelas Eliminatórias Européias, é o melhor resultado do país nos últimos tempos. Com a proximidade do confronto com a Argentina, pelas quartas-de-final da Copa, sexta-feira, em Berlim, as estatísticas voltaram a atormentar a seleção.
– Os confrontos do passado são só uma curiosidade, não podem ter qualquer influência sobre nós – disse logo no início da competição o treinador Jrgen Klinsmann.
Foi exatamente contra os argentinos a última vitória alemã em Mundiais sobre uma potência do futebol: há 16 anos, 1 a 0 na final da Copa da Itália, graças a um gol de pênalti de Brehme.
– Eu não ligo para números, o que sei é que, como treinador, disputei dois jogos contra a Argentina e empatei os dois – defendeu-se mais uma vez Klinsmann, referindo a duas partidas terminadas em 2 a 2, ambas no ano passado, uma pela Copa das Confederações e um amistoso em Dusseldorf.
– Nós podíamos ter vencido esses confrontos e, desde então, crescemos como equipe, estamos melhores. Estou bastante otimista – atacou o técnico alemão, ex-artilheiro que estava em campo na final de 1990.
Desde aquela decisão, foram quatro duelos Alemanha x Argentina, dois empates e duas vitórias sul-americanas, 1 a 0 em 2002 e 2 a 1 em 1993.
– A gente tem a nosso favor agora o apoio da torcida, e isso não pode ser considerado algo pequeno – disse o coordenador da seleção alemã, o também ex-jogador Oliver Bierhoff, que nunca ganhou dos argentinos.
O fato de jogar em seu território, na verdade, não tem sido algo positivo na história recente. Em 2001, por exemplo, a Inglaterra se vingou do 1 a 0 sofrido no ano anterior e, em Munique, goleou a Alemanha por 5 a 1, novamente pelas Eliminatórias. A França, em novembro de 2003, aplicou-lhe 3 a 0 em Gelsenkirchen, uma das sedes do atual Mundial. Os dois empates com os argentinos também foram em cidades alemãs, Dusseldorf e depois Nuremberg, assim com a derrota por 1 a 0, em Stuttgart, quatro anos atrás.
Em relação ao Brasil, além de devolver o entalado 2 a 0 na decisão do Mundial de 2002, em Yokohama, a atual anfitriã precisa reverter um retrospecto bastante negativo. Em Nuremberg, em 2005, os brasileiros a eliminaram da Copa das Confederações disputada em seu país (3 a 2). Empataram em Berlim em 2004 (1 a 1), golearam em Guadalajara em 1999 (4 a 0), e, em 1998, em Stuttgart, venceram por 2 a 1. Desde 1993, a Alemanha não leva a melhor sobre a seleção brasileira. Um 2 a 1, em amistoso em Colônia.
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