| 03/07/2002 00h01min
Um estudo elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que os jovens de 15 a 24 anos compõem a faixa etária mais vulnerável ao contágio do HIV no planeta. A pesquisa intutulada HIV/Aids – Oportunidade em Crise, foi divulgada nesta terça-feira, 2 de julho, em Nova Iorque (EUA) e Genebra (Suíça) pela ONU. Foram analisados o comportamento e a consciência de adolescentes e jovens adultos de cerca de 60 países de todos os níveis de desenvolvimento.
Conforme o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), a dificuldade das sociedades em admitir o atual perfil da sexualidade na juventude está entre as causas do aumento no número de jovens que contraem a doença. Para a ONU, ao mesmo tempo em que é alvo das piores estatísticas, o jovem é a saída do problema. Para tanto, é preciso reconhecer que o jovem faz sexo cada vez mais cedo tem menos informação do que precisa. Nesse público, meninas são as maiores vítimas, conforme ressalta Celia Ruthes, presidente do Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (Gapa).
O trabalho traz conclusões assustadoras. Segundo estudo, por exemplo, a maioria deles não tem idéia de como o HIV é transmitido e não sabe como evitar o contágio. Por outro lado, o Brasil recebeu destaque por apresentar melhora das estatísticas em relação aos contágios e disseminação de informação no país. Em 1999, 50% dos brasileiros usavam preservativo na primeira relação sexual, e em 1986, eram apenas 5%. O crescimento na venda de camisinhas no país é elogiado. Em 1993 eram 70 milhões por ano, contra 320 milhões em 1999. Para Mário Volpi, oficial de projetos do Programa Cidadania dos Adolescentes da Unicef no Brasil, menos de um quarto dos jovens brasileiros são informados e conscientes da necessidade do uso de preservativos, enquanto pelo menos outros 25% demonstram conhecimentos confusos e desordenados sobre o tema.
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