O técnico Luiz Felipe Scolari foi personagem de mais um capítulo importante da história de Portugal ao levar o país de volta a uma semifinal da Copa do Mundo depois de 40 anos. Nos pênaltis, o time lusitano derrotou neste sábado a Inglaterra e agora espera o vencedor entre Brasil e França.

Mesmo brasileiro, Felipão, logo após a partida, evitou falar sobre uma preferência em relação ao próximo adversário. O treinador está amplamente concentrado em levar seu time à decisão do Mundial.

– Quero que meus jogadores mostrem espírito de alcançar a final independente do adversário – despistou o comandante da seleção do Velho Continente.

Antes da Copa, Scolari prometeu levar Portugal, pelo menos, às quartas-de-final. Por isso, ele evita grande euforia sobre a possibilidade de participar da segunda final consecutiva do torneio.

– Com essa vitória temos a chance de jogar as semifinais, não sabemos com quem. Temos possibilidade de vitória neste outro jogo também. Mas, em princípio, queremos pensar apenas passo a passo – disse Felipão, que viu ser quebrada neste sábado sua marca de 11 vitórias seguidas em Copa do Mundo.

O técnico exaltou ainda o espírito aguerrido do grupo:

– Mostra o espírito dessa equipe, que é um espírito novo em Portugal, é um espírito guerreiro. Isso foi acrescentado à qualidade dos jogadores e eu acho que era isso que faltava à nossa equipe – destacou.

Scolari revelou qual será o foco da equipe até a partida da quarta-feira:

– Recuperar as lesões que ainda temos: Figo, Cristiano, e trabalhar a confiança desses atletas novamente para que eles possam enfrentar quem quer que seja com possibilidade de chegar à final – reiterou.

Sobre as diferenças entre o futebol brasileiro e português, Felipão explicou que no Brasil há muito mais opções para um técnico formar uma equipe e ainda há a tradição do futebol no país:

– Nós ainda temos que fazer história. É mais fácil chegar a uma semifinal ou a uma final com o Brasil do que com Portugal – opinou.