| 02/07/2006 19h34min
As facções palestinas que seqüestraram um soldado palestino e o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, rejeitaram o plano egípcio para solucionar a crise provocada por este seqüestro.
– Os irmãos egípcios apresentaram um número de propostas para as facções da resistência, mas estas ofertas não atenderam às exigências justas das facções – disse o ativista do Hamas Usama Muzini.
O Egito propõe que o Hamas liberte o soldado e, em troca, Israel retire suas tropas de Gaza e liberte prisioneiros palestinos. Os mediadores egípcios tinham concedido um prazo até segunda-feira à noite para que os palestinos respondessem à iniciativa.
Muzini reiterou que os seqüestradores do soldado Gilad Shalit pedem a libertação imediata de todos os menores de idade e mulheres em prisões israelenses e depois a libertação de outros mil, entre eles os que cumprem penas mais longas, os doentes e dirigentes de facções. Além disso, exigem o fim de "todas as agressões que a máquina militar sionista comete contra o povo" palestino.
Segundo Muzini, os milicianos rejeitaram a proposta porque ela "não especifica o número, a categoria ou a data na qual os prisioneiros seriam colocados em liberdade", e dependeria da boa vontade de Israel. O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, expressou hoje sua rejeição ao plano egípcio ao afirmar que "Israel não negociará direta ou indiretamente a libertação de prisioneiros", segundo a rádio pública israelense.
Nove dias depois da captura de Shalit, que está vivo em Gaza, mas em paradeiro desconhecido, Olmert e o ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, informaram o Gabinete Nacional sobre o andamento da operação Chuva de verão, lançada no dia 28 de junho pelas Forças Armadas para resgatar o soldado e pôr fim aos ataques palestinos com foguetes Qassam.
Olmert, disse no começo da reunião semanal de seu governo, que "Israel não se renderá à chantagem" do Hamas. O promiê disse a seus colaboradores que instruiu as Forças Armadas a atacar todos que estiverem envolvidos com operações de caráter terrorista e "que nenhum deles sairá imune". Olmert, que hoje colocou a par da situação o pai do soldado seqüestrado há uma semana, disse que o militar foi capturado por "um grupo terrorista sedento de sangue". Esse "grupo", comentou, "é o que causa sofrimentos ao povo palestino e ao israelense".
Segundo uma pesquisa divulgada na sexta-feira passada, a maioria dos israelenses é a favor da troca do soldado por prisioneiros palestinos detidos em Israel. Nesta madrugada, um helicóptero israelense de combate atacou o escritório do primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ismail Haniyeh, do Hamas, que não estava em seu escritório. No início desta semana, em um ataque semelhante, a Força Aérea israelense atacou o escritório do ministro do Interior, Said Siyam, na Cidade de Gaza. Nenhum dos ataques deixou vítimas, mas causaram grandes danos, pois o impacto dos mísseis provocou incêndios.
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