| 03/07/2006 13h54min
O técnico Carlos Alberto Parreira não confirmou se deixará o comando da Seleção Brasileira. O anúncio foi feito em entrevista coletiva concedida pelo treinador nesta segunda no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
– Eu só vou tomar qualquer decisão depois de conversar com o presidente Ricardo Teixeira, pela amizade que eu tenho com ele. Ele vai ficar até o final da Copa e retorna em seguida. Tenham um pouquinho de paciência. Depois vocês ficarão sabendo – declarou Parreira, explicando que a decisão já está tomada.
Sobre as manifestações da torcida na chegada de parte da delegação ao Brasil, Parreira afirmou que esses são protestos são normais:
– A gente não tem que se basear nas opiniões de momento, na reação, que é normal, do torcedor. Tem que se dizer ao torcedor que nós estamos tão tristes quanto ele. Dois dias antes do jogo com a França, foi publicada no site da CBF uma pesquisa do Datafolha em que 71% dos brasileiros eram favoráveis à continuidade do Parreira. Então, durante três anos e meio o trabalho foi elogiado. Não é um resultado que vai apagar tudo o que foi feito – declarou o comandante, agradecendo ao carinho da torcida.
Parreira revelou que todas as mensagens de apoio enviadas pelo público chegaram às mãos dos jogadores.
– Nós também temos família, amigos e estamos todos tristes. Ninguém queria ser mais campeão do mundo do que eu. Duvido que tenha um brasileiro, um torcedor, alguém da imprensa que quisesse ser mais campeão do mundo do que eu. Duvido que alguém esteja mais triste do que eu – disparou Parreira.
O treinador falou ainda sobre as substituições feitas durante o confronto contra a França e ao longo do torneio:
– Foram 15 substituições em 5 jogos. Todas elas foram corretíssimas. O Robinho estava liberado pelo departamento médico, mas ele não estava 100%. Dois minutos depois do gol da França, o Adriano entrou em campo. Estaria arrependido se não tivesse mudado o time em relação à partida contra Gana – explicou.
A respeito da renovação do grupo, o treinador declarou que este é um processo normal. Apesar das mudanças que devem ocorrer, ele fez questão de enfatizar que a geração de 1994 a 2006 vai entrar pra história como vencedora.
– Quem for tocar esse barco terá que iniciar o processo de renovação na Seleção Brasileira. Isso é normal, mas não cabe dizer quem fica ou quem sai. Lembro que quando assumi, em 2003, brincava que a Argentina e a França tinham que se renovar por causa dos fracassos na Copa de 2002. Agora é a vez do Brasil – afirmou Parreira.
Já Zagallo afirmou que, independente de qualquer reunião com o presidente Ricardo Teixeira, não tem planos para deixar a Seleção:
– Falar por hipóteses é meio difícil. Eu não mudei de idéia, eu continuo pensando na verdinha-amarela. A não ser que não me queiram. Eu não estou acostumado a largar o barco – reiterou o coordenador-técnico.
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