| 07/07/2006 14h45min
A Copa do Mundo deste ano registra, por enquanto, uma média de 2,27 gols por partida, pior marca desde o Mundial de 1990, quando a competição atingiu a média mais baixa da história: 2,20 por jogo. A situação fez com que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, cogitasse nesta quinta eventuais mudanças no futebol. O dirigente chegou a mencionar a possibilidade de alterar a regra de impedimento e até mesmo aumentar o tamanho do gol.
A iniciativa é defendida pelo técnico do São Paulo, Muricy Ramalho.
– É preciso fazer algo para buscar aumentar o número de gols, sim. O futebol está muito igual, não dá para inventar nada na parte tática. E o campo está cada vez menor em função da evolução física dos atletas. Os outros esportes mudam, por que o futebol não? – observa o treinador
Muricy, no entanto, não acredita que mexer na regra do impedimento seja a solução.
– Já foi feito um teste aqui em São Paulo, nos juniores, com o impedimento apenas a partir da linha da grande área, mas não deu certo porque acabou com a dinâmica do jogo no meio-de-campo – analisa.
Entre as experiências já realizadas em torneios da base, o comandante são-paulino mostra simpatia pela regra que puni com um tiro livre da meia-lua a equipe que cometer um certo número de faltas durante o jogo.
– É uma alternativa que realmente aumenta o número de gols e pode contribuir com a diminuição da violência – opina.
Outra mudança que poderia ser analisada com mais carinho, segundo Muricy, é a diminuição no número de jogadores em campo.
– Uma partida de dez contra dez fica mais aberta, mais legal, e pode dar espaço para os treinadores buscarem novas opções táticas – diz.
O técnico, porém, ressalta que a falta de gols no Mundial também foi motivada pelas excelentes atuações dos goleiros.
– Essa foi a Copa dos goleiros. A competição não mostrou nenhuma novidade tática e não tem nenhum jogador que pode ser apontado como o grande destaque. Na minha visão, os destaques foram os volantes – opina, indicando o italiano Pirlo como o que mais o chamou a atenção.
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