| 10/07/2006 14h15min
Representantes da VarigLog se reúnem na tarde de hoje com o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, para esclarecer as dúvidas levantadas pela Deloitte, administradora judicial da companhia, sobre a proposta financeira da empresa. Ayoub preside o processo de recuperação judicial da Varig.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a VarigLog informou que vai tentar esclarecer as dúvidas, mas sem mudar a proposta. A VarigLog é ex-subsidiária da Varig e atualmente está sob controle da Volo do Brasil.
Na última sexta, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anunciou que a VarigLog deveria apresentar hoje uma nova oferta de compra, uma vez que a Deloitte pediu esclarecimentos sobre o preço mínimo sugerido de R$ 277 milhões, além do passivo que ficará com a empresa remanescente, designada de Varig velha.
Ontem, em entrevista à Agência Brasil, o diretor da Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, que cuida da reestruturação financeira da empresa aérea, avaliou que a VarigLog tem toda a condição de alterar a proposta de compra, de modo que a Justiça fluminense possa convocar a assembléia de credores para aprovar um novo leilão judicial.
Gomes esclareceu, em relação ao preço mínimo aludido na proposta da VarigLog, que a esse valor devem ser somados os passivos que serão assumidos pela ex-subsidiária da Varig, no que se refere ao programa de milhagem Smiles e ao transporte a executar, isto é, passagens já vendidas e ainda não utilizadas. Esses passivos totalizam algo em torno de R$ 570 milhões, que devem ser acrescidos ao lance mínimo sugerido.
Hoje, a VarigLog efetuou novo depósito para fluxo de caixa de 24 horas da Varig, cujo valor não foi revelado. Estimativas do mercado avaliam que até o dia 7 deste mês haviam sido desembolsados pela empresa para sua ex-controladora cerca de U$ 11 milhões.
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