| 10/07/2002 22h11min
Natural de Caxias do Sul, Edson José Valandro, 49 anos, o Edson Gaúcho, assumiu o comando técnico do Criciúma no último dia 8 de julho. Ex-zagueiro e com fama de disciplinador, ele disputa, a partir do dia 13 de agosto, o Campeonato Brasileiro da Série B. Confira a seguir, trechos da entrevista publicada no Diário Catarinense desta quinta-feira, 11 de julho, concedida com exclusividade pelo técnico do Tigre, nesta quarta:
DC – O senhor chegou com fama de disciplinador. Como precisa se comportar o jogador do Criciúma?
Edson Gaúcho – É simples, o jogador precisa ser profissional.Hoje, ele é um atleta profissional de futebol e precisa se adaptar a essa realidade. É importante o atleta entender que existem direitos e deveres e não só direitos, e saber que só ele pode se beneficiar dessa atitude.
DC – Como jogam as equipes do técnico Edson
Gaúcho?
EG – Minha equipe procura jogar ofensivamente, marcando sob
pressão e para isso precisamos de um condicionamento físico muito bom. Nossa equipe joga em casa e fora da mesma maneira. O atleta precisa ter confiança nele e isso também precisa partir da comissão técnica.
DC – Um dos setores mais criticados no primeiro semestre foi a defesa. O que o Edson Gaúcho pode ensinar ou mostrar para os jogadores do Tigre superarem as críticas?
EG – Eu assisti de 10 a 12 fitas e já tenho uma noção de como a equipa joga, como se comportam os jogadores, mas uma coisa é ver fitas e outra é o dia-a-dia. Ser zagueiro é a coisa mais simples da vida: é recuperação, posicionamento e tempo de bola. Não pode ser aquele zagueiro que só sabe dar bico na bola. Tem que saber sair jogando e uma equipe que quer chegar tem que ter saída de bola. É lógico que vai haver pressão, mas o zagueiro precisa ter personalidade.
DC – Antes de iniciar a carreira como
técnico, o senhor foi jogador, atuava como zagueiro, e chegou a jogar ao
lado do técnico Luiz Felipe Scolari. Como foi essa experiência como jogador?
EG – Jogamos juntos no Juventude (RS) em 1980. Ele sabia de suas limitações e essa era a grande virtude dele, que hoje pode servir para os atletas de qualquer clube. Ele sempre teve uma liderança, e foi capitão por todos os clubes que passou, além de ser uma referência como pessoa. Nós também trabalhamos com o Carlos Froner, um dos treinadores com quem mais aprendi, ao lado de Enio Andrade e Hilton Chaves. Eu comecei no Inter (RS) na década de 70, quando me profissionalizei com 17 anos. Depois, fui para o Aimoré (RS), e passei por 14 de Julho de Passo Fundo (RS), Juventude (RS), Santa Cruz (PE), Náutico (PE), Rio Ave (POR) e Lausanne (SUI).
DC – O discurso dos últimos anos do Tigre tem sido jogar a Série B para não cair. Esse discurso mudou com sua chegada?
EG – Se fosse uma proposta para não cair, eu não
teria vindo para o Criciúma, porque tenho um objetivo na minha
vida: crescer muito. Eu sou uma pessoa que quer vencer, vencer e vencer, mas só conseguiremos vencer se houver condições de trabalho e o Criciúma está oferecendo isso. O presidente Moacir Fernandes afirmou que quer subir, e esse é meu pensamento. Não vou medir esforços para ascender para a primeira divisão
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