| 13/07/2006 09h49min
O grupo islâmico Hamas convidou hoje a milícia libanesa Hezbollah a aproveitar a situação para chegar a um acordo global para conseguir a libertação de presos palestinos e libaneses presos em Israel, como parte de uma troca pelos soldados israelenses seqüestrados pelas duas organizações.
Um comunicado divulgado hoje pelo Hamas diz que chegou a hora de alcançar um acordo global e realista que ponha um fim ao sofrimento dos numerosos presos detidos em Israel.
O Hamas pede aos dirigentes israelenses que "ajam com inteligência e lógica e escutem as vozes que surgem de seu próprio povo, que defendem a troca dos presos pelos soldados".
O comunicado acrescenta que as contínuas detenções de presos políticos palestinos por Israel "dão à resistência palestina e libanesa o direito de capturar soldados israelenses". Além disso, afirma que as ameaças israelenses de atacar alvos vitais no Líbano e reocupar territórios do país "não resolverão o problema".
O braço armado do grupo islâmico Hamas seqüestrou o soldado Gilad Shalit, de 19 anos, em 25 de junho, após um ataque contra uma base do Exército israelense a poucos metros da fronteira sul de Gaza. Milicianos do Hezbollah fizeram o mesmo nesta quarta-feira, ao capturar outros dois militares israelenses na fronteira com o Líbano, após um ataque contra um blindado que efetuava uma patrulha de rotina no território de Israel.
O governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Ehud Olmert, reiterou em repetidas ocasiões que não negociará com nenhuma organização terrorista a troca dos soldados retidos.
As reações em países do Oriente Médio indicam que a tensão na região pode aumentar. O porta-voz do Ministério de Exteriores iraniano, Hamid-Reza Asefi, condenou hoje energicamente o ataque israelense contra a infra-estrutura libanesa, segundo a televisão pública local.
– O regime sionista está repetindo seu fracassado roteiro de décadas passadas – disse Asefi à televisão.
Asefi qualificou de "questionável" o silêncio da comunidade internacional durante as últimas semanas em relação aos últimos eventos ocorridos no Oriente Médio.
– Se não houver uma reação séria e urgente para deter os crimes cometidos pelo regime sionista, estes desembocarão em uma catástrofe humanitária e a tensão se estenderá a toda a região – declarou o responsável iraniano.
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