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 | 13/07/2006 13h46min

Bush procura apoio para as crises do Irã e da Coréia do Norte

Presidente dos EUA se reúne com Vladimir Putin

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disputará um complicado jogo diplomático na cúpula do G8 em São Petersburgo, tentando obter apoio internacional para suas posições em relação aos programas nucleares da Coréia do Norte e do Irã.

As negociações serão ainda mais complicadas porque as relações entre Washington e Moscou, sempre complexas, têm piorado recentemente. O motivo é a preocupação americana com o andamento do processo democrático russo.

Para lavar a roupa suja antes da abertura da cúpula, Bush e seu colega russo, Vladimir Putin, vão se reunir em separado. Segundo o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Stephen Hadley, o presidente americano vai falar "francamente, mas em particular, sobre tendências recentes que levantam dúvidas sobre o compromisso da Rússia com as liberdades e as instituições democráticas".

Os governantes vão discutir também outros problemas das relações entre os dois países. Segundo Hadley, Bush e Putin assinarão um protocolo para abrir as negociações visando a um pacto de cooperação nuclear na área civil.

A Rússia poderia armazenar em seu território resíduos nucleares americanos, um negócio estimado em bilhões de dólares. Segundo fontes diplomáticas dos dois lados, falta pouco para um acordo que permita a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Bush e Putin também vão debater dois temas que, com toda segurança, serão o centro das atenções na cúpula de São Petersburgo: Irã e Coréia do Norte.

Os Estados Unidos pressionam duramente para que o Irã, antes do fim da cúpula, responda à oferta internacional apresentada há seis semanas para que o país renuncie ao enriquecimento de urânio.

O porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, afirmou na segunda-feira passada que "seis semanas deveriam ser suficientes" para o Irã dar a sua resposta. A oferta contém uma série de incentivos, entre eles, a entrada dos EUA nas negociações, e inclui ameaças caso o plano seja rejeitado.

O Irã se queixa de que a oferta contém "ambigüidades". Mas avisou que pretende responder no fim de agosto. Na sexta-feira passada, numa entrevista coletiva em Chicago, Bush afirmou que a cúpula do Grupo dos Oito "será uma oportunidade para todos os países envolvidos nesta questão mostrarem claramente sua firme determinação de impedir que o Irã produza um arma nuclear".

A Rússia, ao lado da China, participa dos esforços liderados pelos EUA e pela União Européia, representada pelo Reino Unido, Alemanha e França, para convencer o Irã. Bush também quer pressionar a Coréia do Norte, que há uma semana disparou sete mísseis.

A Rússia e a China, que assiste à reunião como convidada, evitam uma resolução condenação à Coréia do Norte por parte das Nações Unidas.

AGÊNCIA EFE
 
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