| 19/07/2006 09h27min
Os 5,2 mil trabalhadores da Volkswagen do Brasil de Taubaté aprovaram em assembléia o acordo negociado entre o Sindicato dos Metalúrgicos da região e a montadora, para implementação do Plano de Reestruturação no Brasil.
Em nota oficial, a Volks comunicou o resultado da assembléia dos trabalhadores e informou os itens do acordo, que só será efetivado caso seja aprovado pela matriz da empresa, na Alemanha. O principal deles é o que se refere às 700 demissões que devem ser feitas até 2008, e estão condicionadas à garantia de investimentos na unidade.
Segundo a Volks, os trabalhadores que optarem pela dispensa receberão um incentivo, no valor de 60% do salário, para cada ano de trabalho. Porém, a montadora informa que, se o total de dispensados não for atingido voluntariamente, a empresa indicará os que devem sair, seguindo critérios de desempenho e qualificação. De acordo com o vice-presidente do sindicato Isaac do Carmo, o total de demissões pode ser reduzido.
– Com o tempo, muitos trabalhadores vão se aposentar, o que pode evitar demissões. Além disso, com os investimentos, pode não ser necessário fazer tantos cortes – explica, lembrando que até o fim deste mês 160 trabalhadores serão dispensados, e que há previsão de mais 140 até dezembro.
O acordo negociado prevê que os metalúrgicos terão que pagar 2% de contribuição para o plano de saúde; Participação nos Lucros ou Resultados de R$ 4,9 mil para 2006 (180 mil veículos) e R$ 5,3 mil para 2007 e 2008, redução para 40 o rãs/mês no banco de horas, pagamento de hora extra limitado a 10 sábados por ano. Além disso, os metalúrgicos terão nova tabela salarial para arestas e os monitores de área conseguiram manter adicional de 7%.
Na nota, o vice-presidente de Recursos Humanos da Volks no Brasil, Josef-Fidelis Cem diz que "empregados e sindicato deram sinal de que todos têm interesse em viabilizar o futuro da fábrica, focando a competitividade das operações para atrair novos investimentos", além de frisar que "essa é a mensagem positiva que será levada à matriz na Alemanha."
Já Carmo avalia que, mesmo após um longo impasse, o resultado nas negociações em Taubaté foi positivo.
– Tivemos que encontrar uma saída rápida, já que a unidade seria a primeira da lista a sofrer os cortes. A aprovação dos investimentos atenderá reivindicação antiga da planta de Taubaté, que há 30 anos produz a mesma coisa (Gol e Parati).
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