| 19/07/2006 19h50min
Uma bomba estourou no Avaí. E não se trata de figura de linguagem, é no sentido literal, com fato registrado em boletim de ocorrência policial.
A origem do episódio - daqueles que ganham status de lenda no Sul da Ilha - é o sumiço das faixas da torcida Raça Azul, na partida com o Atlético-MG, sábado, na Ressacada. Há anos que a organizada do Leão faz oposição ao presidente da Federação Catarinense, Delfim Pádua Peixoto Filho, com a famosa mensagem "Fora, Delfim".
– Já havíamos alertado. Eles deveriam segurar as faixas com a mão, e não fixar na arquibancada. O estádio é privado e o clube não pode ser associado a isso – explicou um dos advogados do Avaí, Sandro Barreto.
No sábado, seguranças retiraram as faixas. O presidente da Raça Azul, Moacir Pereira Filho, recebeu a informação de que seriam devolvidas na segunda-feira. Mas não foi o que ocorreu.
– Fui ao clube perguntar sobre as faixas, e o Sandro e o Luciano (Corrêa, dirigente) riram de mim. Me provocaram e aí eu errei – diz Moacir.
Por volta das 17h de terça-feira, na entrada do acesso ao gramado, ao lado do bar localizado sob as sociais, Moacir depositou um artefato explosivo, a poucos metros dos dirigentes. Quem estava próximo ficou com o ouvido zumbindo por horas em função do estouro.
– Estão falando em bomba caseira. Que nada. Foi um rojãozinho daqueles de R$ 1,99 – minimiza Moacir.
Independente do poder de fogo empregado, a confusão foi parar na 2ª DP e o inquérito está a cargo da delegada Sandra Andreatta.
– O perito recolheu o material e vai emitir um lado em 10 dias. Depois disso vou convocar o rapaz para depor – revela Sandra.
E as faixas? Bom, essas estão em Belo Horizonte. Segundo Sandro, os seguranças do Avaí guardaram o material no setor que estava destinado ao Atlético-MG e, ao que tudo indica, os torcedores do Galo carregaram o foco de oposição a Delfim para Minas Gerais.
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