| 20/07/2006 14h58min
Os confrontos entre o Hezbollah e o Exército israelense na fronteira entre Israel e Líbano deixaram hoje um miliciano libanês morto e nove soldados israelenses feridos, segundo fontes militares. Os combates se desenvolvem ao norte da localidade de Biranit e na passagem fronteiriça de Avivim, onde na quarta-feira dois efetivos do Exército israelense morreram e outros oito ficaram feridos.
Os soldados israelenses estão operando em uma faixa na fronteira, dentro do território libanês, com o objetivo de desmantelar abrigos e outras instalações dos milicianos do Hezbollah. Os soldados destruíram três lança-foguetes da milícia libanesa e a aviação bombardeou hoje campos de treinamento do Hezbollah ao leste do Líbano e uma estação de transmissões do canal de televisão "Al-Manar".
O secretário do Governo israelense, Yisrael Maimon, declarou hoje à rádio pública que Israel tem "planos para uma invasão de grande escala" por terra no Líbano, mas, por enquanto, não
tem a intenção de colocá-los
em prática.
O objetivo declarado da ofensiva militar contra o Hezbollah é destruir suas posições na região de fronteira, e para isso pequenas unidades de soldados israelenses entraram no território libanês.
O ministro dos Transportes, general reformado Shaul Mofaz, ex-comandante das Forças Armadas, informou que na ofensiva contra o Hezbollah, que entrou hoje em seu nono dia, as Forças Armadas conseguiram destruir 50% da capacidade militar da milícia. Mofaz comentou que prova disto é que o Hezbollah pediu ajuda ao Irã para continuar a luta contra Israel. O ministro disse que o pedido de ajuda não é surpreendente, pois "em Israel sempre se soube que as armas que o Hezbollah recebe da Síria são de origem iraniana".
– Deve-se dar às Forças Armadas o tempo necessário para concluir sua missão, e não perguntar todos os dias até quando serão realizadas as operações no Líbano – acrescentou Shaul Mofaz.
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