| 20/07/2006 19h31min
Desde a II Guerra Mundial, não houve um conflito armado que vitimasse tantos brasileiros quanto os embates no Líbano. Segundo o Globo Online, a informação foi divulgada pelo embaixador Everton Vieira Vargas, que coordena no Itamaraty o grupo de apoio aos brasileiros no Líbano. Até o momento, há sete mortes confirmadas.
O governo brasileiro vai resgatar 380 brasileiros que estão no país em três vôos da Força Aérea Brasileira (FAB). Essa é a segunda operação realizada pelo Brasil.
O primeiro vôo, com capacidade para 150 passageiros, sairá amanhã do aeroporto no Galeão, no Rio de Janeiro, e voltará de Adana, na Turquia, no domingo. O segundo avião, com capacidade para 80 pessoas, deixará o Brasil no sábado e retornará na segunda-feira. O último vôo previsto, também com capacidade para 150 pessoas, deve deixar o Brasil na segunda-feira e retornar na terça.
De acordo com o embaixador, os brasileiros que estiverem em Beirute, no Líbano e em Damasco, capital da Síria, serão transportados até Adana, em seis ônibus, amanhã pela manhã. Até agora, segundo ele, cerca de 400 pessoas estão registradas no consulado em Beirute para voltar ao Brasil. A prioridade, segundo o embaixador, é garantir a segurança dos passageiros.
Everton Vieira disse ainda que o governo de Israel não se manifestou sobre o pedido feito pelo Brasil para que haja um cessar-fogo durante a retirada dos brasileiros da região, mas informou que o comboio brasileiro estará devidamente identificado.
– Nós já transmitimos às autoridades israelenses o tipo de sinalização do ônibus brasileiro, que estará identificado com bandeiras brasileiras – disse.
O embaixador informou também que as pessoas que já compraram passagens para sair do Líbano e, que por isso não precisam esperar pelos vôos da FAB, poderão ter seus bilhetes transferidos para outras companhias aéreas. Segundo Everton Vieira, o governo brasileiro também estuda a possibilidade usar navios no resgate dos brasileiros.
– Nós estamos fazendo todos os esforços e estamos em contato com companhias de fretamento para ver se podemos utilizar um navio que leve brasileiros até a Turquia – disse.
Vargas não soube dizer quanto o governo tem para gastar com o resgate.
– A sociedade brasileira nunca nos perdoará se formos sovinas – disse.
Vargas informou também que o Itamaraty decidiu abrir um escritório emergencial em Adana para dar suporte aos brasileiros que vão para a cidade. Para isso, foram deslocados um diplomata de Londres, um do Brasil, e um de Ancara, na Turquia.
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