| 23/07/2006 19h44min
Aos 23 minutos do segundo tempo do jogo de sábado, o Figueirense vencia por 1 a 0, mas o Grêmio pressionava pelo empate. Foi quando o técnico Waldemar Lemos preparou a primeira substituição, chamando Diego. O atacante de 21 anos saiu correndo da área de aquecimento e foi ovacionado pela torcida quando passou à frente das sociais do Orlando Scarpelli. Ali iniciava uma estréia inesquecível com a camisa alvinegra.
Em suas primeiras participações, deixou explícita a dificuldade natural de quem está há um bom tempo sem atuar e ainda busca entrosamento em um novo time. Mas o período de adaptação durou menos de 20 minutos. Aos 42, o jovem trazido do Internacional recebeu uma bola em contra-ataque, vislumbrou a espaçosa intermediária do Grêmio, lembrou dos tempos no Beira-Rio e se sentiu mais à vontade.
Engatou a quarta marcha, passou pelo meio dos tricolores, armou para Carlos Alberto e correu para a área, chegando a tempo de completar para a rede com a ponta da chuteira. O gol de bico foi comemorado justamente com um "bico" - como é conhecida a chupeta no Rio Grande do Sul -, em dedicatória à filha Amanda, nascida recentemente.
– Tinha planejado essa homenagem para a Amanda e até havia esquecido a chupeta no vestiário antes do jogo. Peguei no intervalo, entrei no segundo tempo, marquei e pude comemorar com ela - vibrou Diego.
Não é o primeiro gol sobre o Grêmio como profissional. Em 24 de outubro de 2004, o atacante fez um dos três da vitória do Internacional por 3 a 1 em um Gre-nal pelo Brasileirão, disputado dentro do Olímpico, a casa do eterno rival.
– Se eu disser que não me lembrei hoje (sábado) de todos os outros jogos que já fiz contra o Grêmio, é mentira. E fiquei feliz de ter estreado com um gol – disse o Diego, que atuou em amistosos durante a intertemporada, mas sequer havia ficado no banco de reservas desde o reinício do Brasileiro.
Mesmo sem mexer muito na formação titular, o técnico Waldemar Lemos tem realizado um rodízio entre os jogadores que ficam à disposição no banco, para manter todos em atividade. Diego aproveitou sua oportunidade.
– Procuro dar espaço para que todos estejam envolvidos no processo. O Diego ainda tem que se adaptar um pouco e está passando por isso agora. É um processo natural – declarou o treinador.
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