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 | 24/07/2006 22h14min

Berzoini defende ex-ministro da Saúde e ataca Serra

Presidente do PT disse que mídia estaria protegendo tucano

Ao apresentar o comitê da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva , o presidente do PT, Ricardo Berzoini, saiu em defesa do ex-ministro da Saúde Humberto Costa e criticou a mídia pelo envolvimento do nome do petista na máfia dos sanguessugas. Segundo ele, o ex-ministro garantiu ao partido não ter nenhuma relação direta com esse caso.

Em seguida, Berzoini acusou a mídia de estar protegendo José Serra, ex-ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso e candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB.

– Esse processo começou no governo anterior e é incrível como a mídia dá um tratamento duro a Humberto Costa e com o ex-ministro José Serra um tratamento de total omissão – disse.

Humberto Costa, candidato do PT ao governo de Pernambuco, negou que tenha "beneficiado qualquer pessoa" enquanto era ministro da Saúde, mas confirmou que recebeu o empresário Luiz Antonio Vedoin em seu gabinete para pagar dívidas do governo anterior. Em Recife, onde participou neste sábado de comício com Lula, Costa afirmou que é inocente e que vai processar quem quer que o acuse de envolvimento no caso.

Reportagens das revistas Época e Veja deste fim de semana mostram como o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, preso em maio e apontado como o principal operador da Máfia dos Sanguessugas, teria conseguido, durante o governo Lula, liberar recursos no Ministério da Saúde para comprar as ambulâncias superfaturadas, em troca do suposto pagamento de propina a dirigentes do PT.

Segundo afirmou Vedoin, o esquema das sanguessugas, na gestão petista, começou a funcionar no Ministério da Saúde em março de 2003. Ele disse ter feito, na ocasião, um acerto com o então presidente do PT no Ceará, José Airton Cirilo. O entendimento envolvia, afirmou Vedoin, a liberação pelo então ministro da Saúde, Humberto Costa, de R$ 8 milhões para a Planam – empresa de Vedoin responsável pelas vendas superfaturadas.

Vedoin disse que essa liberação seria o pagamento por 100 ambulâncias compradas no final do governo Fernando Henrique. De acordo com o empresário, Cirilo cobrou e levou R$ 400 mil pela intermediação.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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