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O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu nesta quinta-feira, 18 de julho, a adoção por parte da Argentina de uma âncora monetária para afastar o medo da hiperinflação, segundo o porta-voz da instituição, Thomas Dawson. Com esse comunicado, a direção do fundo volta a criticar as políticas financeiras do governo Eduardo Duhalde.
Dawson lembrou ainda que o FMI antecipou que a troca dos depósitos bancários bloqueados por bônus do governo argentino não funcionaria. Só 20% dos correntistas aceitaram trocar o dinheiro bloqueado no chamado corralito pelo bônus. Segundo ele, seria conveniente buscar uma outra opção para superar a crise do sistema financeiro.
Na próxima semana, uma comissão de notáveis – integrada por ex-presidentes de bancos centrais – viaja a Buenos Aires para começar a analisar possíveis políticas monetárias e fiscais para a Argentina.
– Encontrar uma âncora monetária será uma das principais missões da comissão,
disse Dawson.
Em agosto, será a vez do
secretário do Tesouro norte-americano, Paul O’Neill, visitar a Argentina. No entanto, O’Neill adiantou a investidores que não se deve esperar uma solução imediata para os problemas econômicos da Argentina e da América Latina de forma geral.
Nesta quarta-feira, o ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, assegurou que não haverá mudanças no sistema de devolução das aplicações retidas pelo corralito. A afirmação é contrária à posição sustentada pelo presidente do Banco Central argentino, Aldo Pignanelli, que apóia uma negociação com o FMI para ampliar até 10 mil pesos o limite de saque. Ontem, o enfrentamento entre Lavagna e Pignanelli chegou a provocar rumores de que o ministro da Economia iria renunciar, segundo o jornal argentino El Clarin. Durante a noite, Lavagna participou de uma reunião com o chefe de gabinete Alfredo Atanasof, o chanceler Carlos Ruckauf e o ministro do Interior, Jorge Matzkin. No encontro, o ministro garantiu que ficaria à frente da Economia e que manteria a estratégia de flexibilização do corralito passo a passo.
As informações são da Agência Brasil.
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