| 27/07/2006 16h11min
A França, atual presidente do Conselho de Segurança da ONU, apresentou hoje proposta para pôr fim ao conflito entre Israel e a milícia xiita Hezbollah no Líbano. O texto prevê, entre outros pontos, a criação de uma faixa de segurança na fronteira entre os dois países.
O ministro francês de Assuntos Exteriores, Philippe Douste-Blazy, que expôs a proposta ontem, na conferência internacional de Roma, expressou hoje a esperança da França de ter pronto um projeto de resolução em breve.
O memorando francês pede o fim imediato das hostilidades, um apelo que não contou com a adesão dos participantes da reunião de Roma, devido a inúmeros desacordos. O processo para pôr fim às hostilidades começaria com uma fase de transição, que poderia durar entre 10 dias e duas semanas, e prevê a entrega dos prisioneiros a uma "terceira parte", que tivesse a "confiança" de todos os envolvidos, e os abrigaria até o fim definitivo das negociações. A comunidade internacional definiria o "marco geral" da regra política e o mandato de uma força internacional. O memorando prevê a criação de uma faixa de segurança na fronteira entre Israel e o Líbano, que na parte libanesa seria controlada conjuntamente pelo exército libanês e por forças internacionais, e seria livre de armas pesadas na parte israelense. Além disso, se definiria uma zona em que ficariam proibidos vôos de quaisquer aviões, salvo os da força internacional. A região em disputa das Fazendas de Chebaa seria evacuada por Israel e posta sob o controle das forças internacionais. A ONU estabeleceria uma fronteira provisória, à espera de um acordo internacional definitivo. A proposta prevê ainda a neutralização dos arsenais de mísseis do Hezbollah, que também passariam ao controle das forças internacionais. As missões destas forças internacionais poderiam apoiar o posicionamento do Exército libanês no sul do país, o estabelecimento de tropas na fronteira e o apoio ao reforço das capacidades das forças libanesas. O marco geral da proposta inclui a aplicação das resoluções da ONU sobre o Líbano, incluindo o desarmamento das milícias e a restauração da soberania libanesa em todo o seu território. Para apresentar o acordo às partes envolvidas no conflito, incluindo o Hezbollah, se organizaria uma missão diplomática sob o comando do secretário-geral da ONU, Kofi Annan. AGÊNCIA EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.