| 27/07/2006 17h30min
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, afirmou hoje a uma delegação da União Européia (UE) que seu governo não compartilha a interpretação de um de seus ministros, que disse encarar os resultados da conferência de Roma como uma autorização para prosseguir com a operação militar no Líbano.
– Recebemos ontem na conferência de Roma a autorização do mundo para continuar com a operação, até erradicar a presença do Hisbolá do Líbano – havia dito hoje o ministro israelense da Justiça Haim Ramon.
Olmert assegurou ao ministro de Assuntos Exteriores da Finlândia, Erkki Tuomioja, cujo país ocupa a presidência rotativa da UE, e à comissária européia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, com os quais se reuniu hoje, que seu governo acata sem interpretações a declaração de Roma. A Conferência de Roma sobre o Líbano decidiu ontem trabalhar para obter um cessar-fogo, que deve ser "durável e sustentável".
Segundo fontes européias, Olmert afirmou que a opinião do ministro não é compartilhada por seu governo, mas representa uma convicção pessoal de Ramón. Apesar disso, reiterou a postura de que um cessar-fogo só é aceitável se for duradouro, impedindo um possível retorno do Hezbollah.
O premiê voltou a afirmar que o objetivo das operações é "neutralizar" o grupo xiita libanês Hezbollah, que vem atacando Israel do sul do Líbano. O primeiro-ministro afirmou que, por trás do Hezbollah, está o Irã, e que é preciso "atacar o problema pela raiz".
A delegação européia afirmou que a resposta ao conflito deve ser exclusivamente política, e que o cessar-fogo deve ser imediato.
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