| 29/07/2006 09h37min
A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, insinuou que uma eventual participação de seu país numa força internacional no Líbano seria de caráter logístico, porque a capacidade de seu Exército está esgotada. Uma contribuição do Bundeswehr, o Exército alemão, seria orientada para a ajuda ao treinamento da Polícia e do Exército no Líbano, disse a chefe de governo, em declarações ao jornal Bild am Sonntag.
No momento, a capacidade da Alemanha para as missões no estrangeiro está mais que esgotada, avalia Merkel, lembrando o papel alemão na República Democrática do Congo, nos Bálcãs e no Afeganistão. Ela também ressaltou a posição delicada da Alemanha em relação a Israel.
– Devemos observar o máximo de cautela nessa região – afirmou.
A chanceler insiste no compromisso histórico de Berlim com a defesa do direito à existência de Israel. E diz que o a crise foi provocada pelos bombardeios, durante meses, do Hezbaollah, e pelo seqüestro de soldados israelenses.
Até agora, o governo alemão tem respondido com evasivas às perguntas sobre a participação numa eventual força internacional no sul do Líbano. O argumento é de que é preciso esperar uma convocação da ONU.
Berlim só deixou claro que rejeita categoricamente o envio de uma força de intervenção rápida da Otan.
Numa entrevista à revista Der Spiegel, o ministro do Interior, Wolfgang Schäuble, ataca a idéia de acolher na Alemanha os refugiados de guerra libaneses. Schäuble considera as sugestões dos líderes de alguns estados alemães prematuras e sem rigor.
Por enquanto não houve uma fuga em massa, segundo o ministro, que se opôs a atrair com promessas os afetados pela guerra, já que acha melhor ajudar as pessoas na sua região.
Schäuble nega, porém, temer efeitos negativos na segurança do país.
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