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 | 29/07/2006 10h25min

Hezbollah disparou 1.646 foguetes e causou 19 mortes em 18 dias

Somente neste sábado 110 caíram em Safed, atingindo hospitais

Desde 12 de julho, quando seqüestrou dois soldados israelenses, o Hezbollah disparou 1.646 foguetes – em geral Katyushas – contra Israel, dos quais 432 causaram 19 mortes ao cair em regiões habitadas. A polícia calculou em 26 os israelenses gravemente feridos, em 40 os pacientes graves, em 350 os que sofreram ferimentos leves e em 677 os que apresentaram choque pós-traumático. De todos, 43 continuam hospitalizados.

Os dados não incluem os dois foguetes Katyusha que caíram ao meio-dia de hoje na cidade de Safed, situada a 13 quilômetros da fronteira libanesa, e que não provocaram feridos ou danos significativos. Os sistemas de alarme antiaéreo puderam ser ouvidos hoje em várias regiões do norte de Israel e em Rosh Pina, Hatzor Haglilit e Akko. Porém, não há informações de outros projéteis.

Antes destes foguetes que caíram hoje em Safed, outros 110 foram disparados pela milícia xiita sobre território israelense durante essa sexta, informou hoje o Exército em seu boletim de guerra diário. Os alvos mais atingidos foram as cidades de Nahariya, onde um dos foguetes atingiu um hospital local, e de Kiryat Shmona.

Ontem, pela primeira vez, o Hezbollah disparou foguetes de alcance médio com entre 90 e 100 quilos de explosivos. No entanto, os projéteis não causaram danos porque caíram em regiões desabitadas.

O general-de-brigada israelense Alon Fridman, comandante de um dos setores de frente, afirmou que os mísseis disparados não são modernos, como informou Beirute, mas uma versão antiga de um foguete de fabricação síria. Fridman disse à rádio pública:

– Esperamos que nos próximos dias a ofensiva do Hisbolá diminua como conseqüência das operações – militares contra a milícia, que até agora continua disparando uma média diária de mais de 100 foguetes.

O Exército israelense continuou ontem com suas operações em vários pontos do sul do país vizinho para neutralizar a infra-estrutura do Hisbolá.

O epicentro da ofensiva terrestre ainda está na cidade de Bint Jbeil, capital dos xiitas e na qual nos últimos dias ocorreram duros combates com severas baixas para o Exército israelense.

Na noite dessa sexta, sete soldados israelenses ficaram feridos no local, um deles gravemente, em um enfrentamento com milicianos do Hisbolá. A milícia sofreu 26 baixas nas lutas de ontem, segundo fontes militares israelenses.

Até agora, Israel confirmou 33 mortos nos combates, mas ainda não há dados concretos sobre as baixas de libaneses, que, segundo o Hisbolá, são mais de trinta e, de acordo com o Estado judeu, mais de 200.

Quanto à ofensiva aérea, o boletim de guerra dá conta de 60 bombardeios contra infra-estruturas do Hisbolá, lança-foguetes – entre eles o que disparou os foguetes contra Afula –, caminhões com armas e várias rotas empregadas pela guerrilha.

A artilharia israelense espalhada ao longo da fronteira prossegue com os incessantes bombardeios em amplas regiões no sul do Líbano.

Os disparos podiam ser escutados de forma intermitente hoje na região de Metula, a um quilômetro do território libanês.

AGÊNCIA EFE

 
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