| 30/07/2006 09h15min
Os milicianos libaneses do Hezbollah dispararam hoje mais de 80 foguetes contra localidades do norte de Israel, ferindo pelo menos quatro civis e levando pânico a dezenas de outros.
Parte dos projéteis caiu em áreas urbanas, inclusive em uma escola infantil vazia e em vários edifícios públicos, causando grandes danos materiais, acrescentaram fontes policiais de Israel.
Os ataques do Hezbollah se intensificaram depois de um bombardeio da Força Aérea israelense contra um edifício residencial na aldeia libanesa de Qana, ação na qual mais de 50 pessoas morreram.
Forças israelenses também invadiram hoje a aldeia libanesa de Taibe, na parte central do sul do Líbano, e as localidades vizinhas de Qila e Ad-Deize, desde onde os milicianos disparam seus foguetes.
Na troca de fogo, três milicianos xiitas morreram e um soldado ficou ferido, segundo fontes militares.
Em Ad-Deize, os soldados acharam grandes depósitos de armas
e explosivos, assim como uma plataforma usada para lançar
foguetes Katyusha, lança-granadas e fuzis para franco-atiradores.
As tropas israelenses, que há 10 dias realizam operações terrestres em localidades ao longo da fronteira sul do Líbano, têm como missão desmantelar a infra-estrutura do Hezbollah e criar uma zona de até dois quilômetros para evitar contatos com as patrulhas fronteiriças do Exército.
O subcomandante do Comando do Norte de Israel, coronel Shuki Shajar, informou ontem na cidade de Safed que, desde o início dos confrontos, há 19 dias, o Hisbolá disparou 1,7 mil foguetes e mísseis contra concentrações civis.
O coronel israelense se mostrou cético quanto a um cessar-fogo com o Hezbollah, "posto que não se pode confiar em uma organização terrorista respaldada por seu governo".
O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, disse hoje de manhã à secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que "os milicianos do Hezbollah têm mais mísseis que muitos exércitos do
mundo".
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