O governo brasileiro concentra esforços na conclusão na liberalização do comércio com os países andinos ainda neste ano. A decisão decorre da falta de perspectivas em relação às negociações com a União Européia (UE) e à formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A mudança da estratégia do Brasil envolve o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição deverá ter atuação regional.

– As negociações na OMC, na Alca e com a UE não nos dão sinais encorajadores – afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral.

Amaral participa nesta terça-feira, dia 23, da reunião de ministros da área comercial do Mercosul e da UE pessimista em relação ao avanço das negociações. O bloco sul-americano chegou a propôr um acordo para a redução de tarifas de conjuntos mais restritos de produtos. A UE ainda não deu sua resposta, mas insiste em adiar a discussão sobre acesso a mercados.

O comissário de comércio da UE, Pascal Lamy, disse que a região tem a decisão política de sustentar agricultores que não são competitivos, mas explicou que se está separando a assistência à produção da assistência aos produtores. A aproximação com os andinos será tratada durante a 2ª Reunião de Cúpula da América do Sul, dias 26 e 27 em Guayaquil, no Equador.