| 02/08/2006 09h35min
Começou na terça o processo de desligamentos de trabalhadores na unidade da Volkswagen de Taubaté, em São Paulo. Foram feitas 160 dispensas, conforme acordo negociado entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos, em julho. O acordo, parte do Plano de Reestruturação da empresa no Brasil, prevê 700 demissões até 2008 com garantia de investimentos na fábrica. Outras 140 estão previstas até dezembro.
Segundo o sindicato, dos 160 demitidos, 42 se inscreveram no Programa de Demissão Incentivada aberto pela Volks na semana passada.
– Já as demais dispensas, discutidas com o sindicato, são de alguns trabalhadores prestes a se aposentar ou indicadas pela Volks – disse o presidente do sindicato Valmir Marques da Silva, o Biro-Biro.
Todos os que saírem nessa etapa receberão, além do incentivo de 60% do salário por ano de caso, três meses de convênio médico, que o trabalhador pode optar por receber em dinheiro. A Volks confirmou as informações e disse que a unidade de Taubaté já está integrada no processo de reestruturação.
– O processo todo é doloroso, mas tentamos administrar os cortes da forma menos traumática possível – avaliou Biro-Biro.
Em outra montadora, a General Motors, conforme aprovado em assembléia na semana passada, cerca de 250 trabalhadores da linha de produção que será fechada na unidade de São José dos Campos, permanecem até domingo em licença remunerada.
No dia 7, os 250 entrarão em lay-off, ou seja, terão contratos de trabalho suspensos até novembro com redução de até 80% do salário e participação em cursos de qualificação obrigatórios no Senai. O acordo foi negociado com o Sindicato dos Metalúrgicos para diminuir o impacto das 960 demissões que a GM pretendia fazer na planta até 31 de julho.
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