| 03/08/2006 11h01min
A candidata da coligação Rio Grande Afirmativo ao governo do Estado, Yeda Crusius (PSDB), pretende realizar um governo dividido por programas, não por secretarias. Segundo a tucana, não cabe apenas a Secretaria da Justiça e da Segurança acabar coma violência, por exemplo. Yeda acredita que pontos básicos como mortalidade infantil, educação e segurança tenham que ser combatidos por várias áreas do governo de maneira conjunta.
– A primeira coisa é despartidarizar o governo, fazendo programas que envolvem várias secretarias. A norma da Yeda é chegar a resultados que mudem estruturas – disse a candidata em entrevista concedida nesta manhã ao programa Polêmica, da Rádio Gaúcha. Yeda afirmou que considera possível aplicar as verbas do Estado de maneira mais efetiva do que o atual governo. Explicou que sua idéia de choque de gestão consiste, basicamente, em parar de gastar mais do que se recebe. – Tudo depende de planejamento. Se precisar, vou às 5h na Ceasa. Mudo o cardápio, mantendo a qualidade e diminuindo o preço – ilustrou a tucana, exemplificando possibilidades de trabalhar com o orçamento de uma casa. Sobre a crise financeira do Estado e levando em conta que grande parte das receitas são destinadas a pagar o funcionalismo público e dívidas com a União, Yeda informou que pretende diminuir os incentivos fiscais a empresas. Conforme a candidata, as facilidades oferecidas para que grandes companhias venham para o Rio Grande do Sul não pode reduzir impostos: – O cálculo que temos que fazer é se a perda com os incentivos serão menores do que os impostos futuros que uma empresa de grande porte possa gerar. E garantiu que, caso eleita, não aumentará nenhuma alíquota durante o mandato. Questionada sobre o apoio que recebe do PL, um dos partidos com mais envolvidos no esquema do mensalão, em que deputados receberiam até o início de 2005 cerca de R$ 30 mil mensais para votar favoravelmente ao governo, Yeda disse que a política do PSDB é a da investigação: – O PSDB, para dentro e para fora, diz: investigue-se. Tem-se indícios de irregularidade, rua. E acrescentou que uma das raízes da corrupção é a facilidade com que parlamentares trocam de partido. Segundo Yeda, isso dificulta a diferenciação entre os políticos. – Me recuso a aceitar que todos os políticos são iguais – afirmou, analisando o fato de que representantes de quase todos os partidos, inclusive o PSDB, estão envolvidos com a Máfia dos Sanguessugas, que fraudava licitações para a compra superfaturada de ambulâncias com recursos públicos.Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.