| 03/08/2006 18h33min
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) não vai mais acompanhar o depoimento do seu ex-assessor Marcelo Cardoso de Carvalho à CPI dos Sanguessugas. A pedido do deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), o senador concordou em sair da sala onde são ouvidos assessores e ex-assessores de parlamentares que estão sendo investigados pela CPI.
Redecker, que é um dos sub-relatores, considerou a presença do senador inadequada, pois poderia provocar constrangimentos ao depoente.
– Disse para o senador que aquela era uma oitiva de testemunhas e não uma reunião para acareação. Ele aceitou, e decidiu sair – contou o deputado.
Suassuna assistiu somente ao início do depoimento, tendo ouvido duas ou três respostas de seu ex-assessor.
O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, um dos sócios da empresa Planam, complicou a situação de Suassuna ao dizer que o senador tinha conhecimento da participação de seus assessores e da destinação de suas emendas para compra superfaturada de ambulâncias. Vedoin prestou depoimento nesta quinta-feira, por sete horas, a parlamentares da CPI dos Sanguessugas, na Polícia Federal, em Brasília.
Júlio Redecker também confirmou que encontrou-se nesta quinta-feira com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Adylson Motta, a quem solicitou ajuda para as investigações que estão sendo feitas dentro do Executivo. O alvo é o uso de emendas do Orçamento para a compra superfaturada de ambulâncias, ônibus escolares e ônibus digitais (que integram programa do Ministério da Ciência e Tecnologia).
Segundo Redecker, Motta disse que vai reunir uma força-tarefa que já atuou na CPI dos Correios para investigar os ministérios da Ciência e Tecnologia, Educação e Saúde.
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