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 | 04/08/2006 12h17min

Chirac e Blair concordam em necessidade de acordo para Líbano

Dirigentes debateram negociações no Conselho de Segurança

O presidente da França, Jacques Chirac, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, chegaram hoje a um consenso sobre a necessidade de se obter um acordo sobre uma resolução no Conselho de Segurança da ONU.

Em uma conversa por telefone, os dois dirigentes falaram sobre o conflito entre Israel e o Hezbollah e sobre a evolução das negociações no Conselho de Segurança para aprovar uma resolução que ponha fim às hostilidades.

Chirac pediu que "todos os esforços" sejam feitos para que se possa chegar o mais rápido possível a "um cessar-fogo" referendado pela ONU.

O primeiro-ministro finlandês e presidente rotativo da União Européia, Matti Vanhanen, com quem Chirac falou por telefone, concordou sobre a necessidade de continuar as negociações entre os membros da UE para "alcançar este objetivo".

Na véspera, o presidente francês havia conversado por telefone com os chefes de governo de Itália, Romano Prodi, e da Suécia, Goran Persson, e reiterou que a obtenção de um acordo político é condição "imprescindível" para o envio de uma força internacional ao Líbano.

A França apresentou no fim de semana passado um projeto de resolução no Conselho de Segurança e negocia com os Estados Unidos uma versão final sobre o texto. A proposta francesa propõe três etapas consecutivas: fim das hostilidades, seguido de um acordo político para um cessar-fogo durável e o envio de uma força internacional ao sul do Líbano.

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, disse ontem à noite que se avança em direção a uma solução por "etapas", em uma aparente aproximação em direção às posições da França e de outros países europeus.

A solução passaria primeiro pelo fim das hostilidades e se basearia no "estabelecimento de princípios muito importantes sobre os meios para seguir em frente", disse Rice em um programa da rede CNN.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, confirmou ontem em uma visita ao Haiti que o Conselho de Segurança trabalha com a possibilidade de adotar duas resoluções ao invés de apenas uma.

O Ministério de Relações Exteriores da França indicou que a "eventualidade" de dois projetos de resolução está sendo discutida em Nova York e que poderia ser uma opção "mais simples".

O primeiro texto seria sobre o "fim imediato das hostilidades e as condições de um acordo político", e o segundo sobre as condições do envio da força internacional, afirmou o porta-voz francês, Denis Simmoneau.

O porta-voz indicou que a adoção de duas resoluções não está decidida, lembrando que "o essencial" para a França é que uma resolução seja adotada "rapidamente".

O fim das hostilidades é necessário para poder dar início à negociação política, indicou, depois de ressaltar a dificuldade de "começar a negociar sobre elementos de um acordo político enquanto houver atos hostis" entre as duas partes.

AGÊNCIA EFE
 
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