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 | 04/08/2006 21h48min

Alckmin pede investigação de dois servidores públicos

Funcionários informaram em e-mail sobre suposta aposentadoria precoce do tucano

O candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, entrou hoje na Procuradoria-Geral da República com uma notícia-crime contra dois servidores públicos, um da Caixa Econômica Federal (CEF) e outro da Petrobras, que utilizaram seus endereços eletrônicos funcionais para propagar, via internet, notícia falsa sobre ele. Na ação, Alckmin pede a instauração de inquérito policial para apurar a veiculação de propaganda falsa e também o desrespeito à legislação eleitoral por parte de Rosa Schlinckmann, funcionária da CEF, e Cid Alves Vieira, que trabalha na Petrobras.

Segundo os tucanos, os dois funcionários veicularam e-mail falso sobre uma suposta aposentadoria precoce de Alckmin, aos 42 anos, e citavam como fonte a coluna do jornalista Cláudio Humberto. A nota, no entanto, publicada por Cláudio Humberto em janeiro de 2004 tinha como personagem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a nota, Lula aposentou-se aos 42 anos, em 1996, como perseguido político, e estaria embolsando R$ 4.294 por mês, isentos de impostos.

Cláudio Humberto publicou outra nota, em que denuncia a troca dos nomes de Lula pelo de Alckmin. Os tucanos alegaram que é preciso uma investigação eleitoral, porque além de informação falsa, o e-mail distribuído foi uma tentativa de fazer propaganda eleitoral negativa contra Alckmin. No texto, o nome de Alckmin está grafado incorretamente.

– Empregou-se, uma notícia adulterada, atribuída a um jornalista que a produzira com relação a outra pessoa – também candidato – com a única diferença de que em relação ao personagem original era verdadeira a informação – diz um trecho da ação.

– Assim, comprovado que os remetentes dos e-mails são agentes públicos e utilizaram bem público para fazer propaganda negativa de candidato a presidente, resta demonstrada a infringência ao art. 73, I, da Lei 9.504/97, o que deverá ensejar as providências da lei também neste aspecto – acrescenta outro trecho.

Os endereços que repassaram a mensagem, que além da nota criticava abertamente o voto em Alckmin, são os seguintes: rosa.schlickmann@caixa.gov.br e cidvieira@petrobras.com.br, fornecidos respectivamente pela CEF e pela Petrobras.

AGÊNCIA O GLOBO

 
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