| 06/08/2006 10h52min
O secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, se mostrou hoje cauteloso ao comentar a minuta de resolução elaborada pela França e pelos Estados Unidos sobre o Líbano, e explicou que primeiro tinha que comentá-la com as autoridades libanesas.
Após se reunir com o presidente sírio, Bashar al-Assad, e o vice-presidente Farouk al-Chara, Moussa deixou claro que a Liga "sempre apoiará as decisões dos libaneses".
– Por isso, tenho que trocar pontos de vista com os governantes libaneses antes de dizer o que penso – disse.
Moussa chegou no sábado à Síria procedente da Arábia Saudita, onde também se reuniu com várias autoridades, pretendendo buscar consenso entre os árabes sobre a crise libanesa e para preparar a reunião dos ministros de Exteriores árabes que será realizada nesta segunda-feira em Beirute.
Em relação à participação do ministro sírio Walid Moallem na reunião, Moussa disse que é importante que ele esteja presente
porque "é necessário obter uma postura unificada árabe
que apóie a firmeza do Líbano e seu direito a acabar com a agressão israelense".
Segundo as autoridades sírias, as reuniões de Moussa em Damasco tiveram como assunto principal "a necessidade de acabar com a brutal hostilidade israelense através de um cessar-fogo imediato".
O governo sírio enviou no sábado uma carta ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na qual insiste em que qualquer cessar-fogo deve forçar Israel a parar todos seus ataques e se retirar do sul do Líbano.
Segundo a agência de notícias síria Sana, Bashar al-Assad ligou no sábado para o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, sobre a crise no Líbano.
A Síria e o Irã são considerados os principais apoios do movimento xiita libanês Hezbollah, embora os dois países sustentem que estes apoios são morais e não materiais.
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