O lateral-esquerdo Jorge Wagner acertou sua renovação de contrato com o Inter até o final do ano. O vínculo do atleta com o Lokomotiv de Moscou terminou no sábado, mas os dirigentes russos ainda não comunicaram oficialmente a CBF que o jogador nada mais tem a ver com o futebol do time europeu. Espera-se, com justificada ansiedade, que isso aconteça nesta segunda.
 
Correndo contra o tempo para conseguir a condição de jogo em tempo de enfrentar o São Paulo, quarta-feira, no Morumbi, o Inter nem pensou em ficar apenas no telefone e no e-mail. Como as negociações com os russos são sempre complicadas, cheias de avanços e recuos, contratou um advogado e mandou para Moscou.

Na sexta-feira, a CBF encaminhou o pedido de liberação de Wagner, já acertado com o presidente Fernando Carvalho para permanecer mais seis meses no Beira-Rio, de olho no Mundial Interclubes, em dezembro, caso o sonho da conquista da América se torne realidade.

– Falta apenas o documento mesmo. Pegamos o fim de semana, e isto atrasa um pouco a parte burocrática. Eles nos garantiram que não colocarão obstáculos. Agora, sabe como são essas coisas: sempre cria uma ansiedade. É uma superdecisão – afirmou Carvalho.

Jorge Wagner parece tranqüilo. Garante ter a palavra do presidente do Lokomotiv e do departamento jurídico do clube, obtida pelos advogados do Inter e seu empresário.

– Sei que os russos sempre complicam um pouco, mas desta vez não sou mais jogador deles. Não tenho que voltar para lá, como da outra vez – explicou Jorge Wagner.

No São Paulo, Jorge Wagner é considerado, ao lado de Tinga, o jogador mais importante do Inter do ponto de vista tático. Chegam a compará-lo a Rogério Ceni nas cobranças de falta. O próprio goleiro, que defende a tese das várias semelhanças dos dois finalistas, adverte que será preciso evitar faltas perto da sua grande área.

– Não consigo me imaginar fora de uma decisão que o nosso grupo lutou tanto para alcançar. Esta autorização vai chegar, sim. Se Deus quiser – suspirou o lateral.

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