| 26/07/2002 07h10min
Os técnicos do Ministério da Fazenda desconfiam de que o bom desempenho da balança comercial nas últimas semanas não seja necessariamente sinal de recuperação do ritmo do comércio exterior brasileiro.
Um texto elaborado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), disponível na Internet, levanta a possibilidade de que, após a suspensão parcial da greve dos fiscais da Receita Federal, as exportações estejam sendo desbloqueadas mais rapidamente do que as importações. Analistas do setor privado estimam o volume de importações represadas pela greve em torno de US$ 1 bilhão.
"É prematuro inferir do desempenho recente da série qualquer padrão de retomada", diz o texto. "Ainda mais considerando que o fim do represamento das importações possa estar ocorrendo de forma gradual e não concentrada em alguns dias, como no caso das exportações."
Os técnicos da SPE consideram que a média diária de exportações alcançada na semana passada, de US$ 239 milhões, é "alta, mas não muito acima do esperado". Comparando com julho de 2001, alguns produtos tiveram forte crescimento nas vendas, como soja (64,7%), minérios (51,8%), e petróleo e derivados (89,2%).
Nas importações, com média de US$ 212 milhões, também houve aumento, comparando a semana com a de julho de 2001.
As exportações da indústria gaúcha caíram 6,8% no primeiro semestre, em relação a igual período de 2001. As importações tiveram queda ainda maior (17,34%), o que permitiu saldo positivo de 2,93% na balança comercial do setor.
As reduções mais expressivas: calçados, com US$ 88,5 milhões ou menos 13%, plásticos, US$ 48 milhões (-33,73%), produtos alimentares, US$ 38,4 milhões (-17,26%) e química, US$ 20 milhões (-16%). O único segmento com crescimento expressivo (16,36%) nas exportações do Estado é o do fumo (US$ 63 milhões).
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