| 07/08/2006 10h03min
Ao participar ontem de um comício em Governador Valadares (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dividiu o palanque com dois personagens que provocaram constrangimento: o deputado João Magno (PT-MG), acusado de envolvimento no mensalão, e o candidato a senador Newton Cardoso (PMDB), alvo de críticas até mesmo de integrantes de seu partido.
O previsto inicialmente era a adoção do novo formato idealizado para os comícios de Lula, com dois palanques. Num deles, ficariam o presidente e seus principais aliados na disputa estadual. No outro, seriam abrigados deputados federais e estaduais e prefeitos. A justificativa oficial era de que o palanque principal ficaria muito cheio. O verdadeiro objetivo, porém, era justamente evitar que Lula pedisse voto ao lado de políticos envolvidos em escândalos. Só que o chamado "palanque dos excluídos" acabou provocando o esvaziamento do comício. Muitos parlamentares e prefeitos, contrariados, preferiram não aparecer. Um dos ausentes, que não quis se identificar, disse que a separação representava uma "humilhação". Diante do problema, os deputados acabaram sendo convidados a reforçar o palanque, e Lula pediu desculpas aos aliados: – De vez em quando, a gente vê na TV um palanque quebrar. Como eu e o Alencar (José Alencar, vice-presidente), que já temos mais de 50 anos, não podemos correr o risco de nos machucarmos com o palanque caindo, então quero pedir desculpa aos prefeitos de tê-los separado aqui do palanque oficial. No pronunciamento de 27 minutos, Lula defendeu programas sociais como o Bolsa-Família.– A coisa mais sagrada para mim é saber que nós cumprimos a primeira palavra que assumi quando tomei posse: que, ao final do meu mandato, todas as pessoas estariam tomando café, almoçando e jantando todo dia
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