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 | 07/08/2006 21h07min

Alckmin destaca segurança em sua gestão à frente de São Paulo

Tucano criticou governo por não conceder aumento de 16,6% a aposentados

O candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) destacou hoje os dados de segurança durante seu mandato frente ao governo do Estado de São Paulo. Segundo o tucano, desde 1999 o número de homicídios por ano foi reduzido de 12,8 mil para 7,2 mil. Na Capital, segundo Alckmin, a queda foi de 50%.

– Foram 90 mil criminosos tirados das ruas e colocados nas prisões – afirmou Alckmin em entrevista concedida nesta noite ao Jornal Nacional, a primeira de uma série com os presidenciáveis.

Sobre os recentes ataques atribuídos à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) naquele Estado, o candidato do PSDB analisou que a violência é um problema de caráter nacional. Alckmin considera que há demonstrações localizadas, mas que este é um problema do "presidente da República". E se comprometeu a dar ênfase à área caso tenha êxito no próximo pleito.

– Quase toda a legislação (na área da segurança) é federal. Vou melhorar a legislação para apertar o crime organizado. Também é importante o policiamento de fronteira, no combate ao tráfico de drogas e ao de armas – disse, mencionando também a utilização do Exército e da Polícia Federal, de recursos do Fundo de Segurança Nacional, investimentos em inteligência e em banco de dados.

A apresentadora Fátima Bernardes identificou uma cobrança mais severa, por parte do PSDB, em relação ao governo no caso do mensalão do que ao senador tucano Eduardo Azeredo (MG), que teve o nome envolvido no esquema do valerioduto. Em um primeiro momento, Alckmin tentou diferenciar as duas investigações, afirmando que o mensalão envolvia corrupção e roubo.

Quando a jornalista argumentou que ambos relacionavam benefícios pessoais com o dinheiro público, porém, o tucano esquivou-se, dizendo que não justifica erros e que punições são para todos.

– Se houve erro, acho que ele (Eduardo Azeredo) já se explicou. Se ficou provado, vai ser punido por isso – complementou.

Ainda em relação a investigações, Alckmin argumentou que as cerca de 60 CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigariam acusações ao governo do tucano e não foram levadas adiante pela Assembléia de São Paulo eram demasiadas. Segundo o candidato, cada quatro ou cinco delas tratavam do mesmo assunto.

– A Assembléia é outro Poder. O governador não manda na Assembléia – acrescentou, ressaltando ainda que a Casa pode investigar qualquer acusação porque sua gestão foi transparente.

Nas últimas semanas, governo e oposição travaram briga sobre um reajuste aos aposentados. O PSDB é um dos partidos que queria aumento superior a 16%, não previsto pelo Orçamento e que causaria rombo de aproximadamente R$ 7 bilhões às contas públicas. A proposta da base governista é de 5%.

– Eu faria o que pudesse para pagar (os aposentados). O governo gastou 20 bilhões, 1% do PIB (Produto Interno Bruto), com todo mundo. Deu aumento para funcionários, fez convênios, liberou recursos para municípios. Depois, virou para os aposentados e disse que não tinha R$ 7 bilhões – criticou Alckmin.

O tucano ainda prometeu buscar "excessivamente" o crescimento do país, baseado em emprego, renda e trabalho. E falou que saúde, educação e segurança são pontos básicos a serem melhorados.

A ordem das entrevistas foi decidida por sorteio. Cada uma terá duração de 10 minutos, com prorrogação de 30 segundos. Os candidatos se comprometeram a não usar em horário eleitoral gratuito, no todo ou em parte, as entrevistas concedidas.

 
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