Começou a reunião da CPI dos Sanguessugas na qual o senador Amir Lando (PMDB-RO) fará a leitura de seu relatório parcial, que pede a cassação de dezenas de deputados. O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse à Agência Câmara que a comissão pedirá a abertura de processo de cassação de 72 dos 91 parlamentares investigados.

A CPI investigou parlamentares por suposto envolvimento em fraudes na compra de ambulâncias. O esquema é estimado em R$ 150 milhões. Por falta de provas, o relatório, que tem 1,3 mil páginas, pede a absolvição de 18 parlamentares citados das denúncias.

Segundo a Agência Globo, três senadores estão na lista: Magno Malta (PL- ES) Serys Slhessarenko (PT-MT) e Ney Suassuna (PMDB-PB), líder do PMDB do Senado. Além disso, haverá citações a integrantes do Executivo envolvidos no escândalo.

O senador Romeu Tuma (PFL-SP) ressaltou, em entrevista à TV Senado, que os nomes dos citados virão acompanhados de um histórico com as particularidades e as provas de cada ato ilícito praticado, da mesma forma que os inocentes serão apresentados de forma clara.

A votação do texto também está prevista para hoje, mas, se houver algum pedido de vista, será adiada para a próxima semana. O relatório, entretanto, não vai sugerir ao Ministério Público a abertura de processo criminal contra os envolvidos.

Ontem o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), e o sub-relator de Sistematização, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), defenderam que todos os nomes de parlamentares citados sejam enviados ao Conselho de Ética.

O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), garantiu que a presidência e a Mesa Diretora da Casa encaminharão com rapidez, aos órgãos competentes, as recomendações contra deputados listados no documento.