Em partida muito movimentada, o Figueirense derrotou o Corinthians por 3 a 1 na tarde deste sábado, no Pacaembu, em São Paulo, ampliando a crise do atual campeão brasileiro, mas também lanterna da edição deste ano da Série A.

O confronto foi disputado com muita vontade pelos dois times. Desde o primeiro minuto, a velocidade e as divididas fortes foram a tônica em campo. Apesar do aparente equilíbrio, o Figueira chegava com mais perigo ao gol adversário, além de apresentar um sutil domínio no meio-de-campo.

Do lado do Corinthians, Tevez e Carlos Alberto eram os mais perigosos, ainda que em lances esporádicos, e sem levar verdadeiro perigo ao gol de Andrey. A exceção foi no final da primeira etapa, quando o argentino chutou cruzado na área e a bola bateu na trave, após passar pelo goleiro.

O segundo tempo começou elétrico como o primeiro, mas a diferença é que os gols começaram a sair. Todos do lado do Figueira. Aos nove, Cícero abriu o placar marcando de cabeça, após cobrança de escanteio. Aos 13, Soares sofreu pênalti de Sebá, que foi expulso no lance. Schwenck cobrou no meio e ampliou.

Aos 24 minutos, um erro bisonho da zaga do Corinthians permitiu o terceiro gol do Figueirense. Em um rebote, Chicão cruzou a bola para a área. A bola passou pelo pé de Betão e Marcus Vinícius, que não afastaram, e sobrou limpa para Cícero, completamente livre, empurrar para a rede.

Três minutos depois, surgiu uma última esperança para o Timão, quando Carlos Alberto sofreu pênalti de Chicão, que também foi expulso. Tevez diminuiu na cobrança e a equipe paulista ensaiou uma pressão em busca do empate, empurrada pela grande torcida na arquibancada do Pacaembu.

Aos 36, chegou muito perto do segundo gol. Carlos Alberto lançou fraco para a área, Tiago Prado deixou passar por baixo de seu pé e Andrey teve que se desdobrar para realizar uma defesa milagrosa, tirando no reflexo e evitando um gol certo. Logo em seguida, Marcelo Mattos cravou a trava das chuteiras na canela de Schwenck e foi expulso, enterrando de vez a chance de reação.

Nos últimos minutos, apesar do desespero corintiano em buscar o ataque, o Figueira colocou a bola no chão, tabelou com tranqüilidade e teve oportunidades, mas ótimas oportunidades, para estabelecer uma goleada histórica: Schwenck perdeu dois lances espetaculares, de frente para o goleiro Marcelo.

Mauricio Xavier
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