O técnico Paulo César Gusmão não resistiu à série de cinco partidas sem vitórias e foi demitido na manhã desta segunda pela diretoria do Cruzeiro. O presidente da Raposa, Alvimar de Oliveira Costa, convocou o treinador para uma reunião, na sede administrativa do clube. Depois de quase uma hora de conversa, a demissão foi confirmada. Dois nomes estão cotados para assumir o time mineiro: o de Oswaldo de Oliveira, ex-Fluminense, e o de Geninho, ex-Corinthians. Especula-se que PC Gusmão pode se transferir para o Fluminense.

A derrota por 3 a 2, de virada, no Mineirão, para o próprio Fluminense, ontem, decretou a demissão do treinador que não tinha a intenção de deixar o comando da Raposa que, antes da parada para a Copa do Mundo da Alemanha, brigava pela liderança do Campeonato Brasileiro. Ao final da competição mundial, a equipe mineira caiu de produção e ocupa atualmente a sexta colocação. Além da queda na tabela, o ambiente no clube passou a ficar tumultuado, com os jogadores divididos, convivendo com um suposto racha no elenco que já dura pelo menos três rodadas.

De acordo com o presidente da Raposa, os resultados ruins determinaram à demissão do treinador.

– Infelizmente, no futebol é assim. Após a Copa do Mundo, os resultados não aconteceram e optamos pela sua demissão. Mas, queremos ressaltar que nesse um ano de trabalho, o PC realizou um grande trabalho. É muito mais fácil, no futebol, trocar um do que o elenco inteiro. Espero que a chegada do novo treinador dê uma chacoalhada no elenco. Isso será feito ao longo da semana para que a margem de erro seja a menor possível – disse o dirigente, que ainda não decidiu o nome do substituto de Gusmão.

Decepcionado com a decisão, PC Gusmão apenas agradeceu aos dirigentes e o apoio dos torcedores.

– Não tenho nenhum tipo de mágoa ou sentimento ruim. Sempre soube dessa possibilidade. Quando os resultados não aparecem, é essa a rotina do futebol. Mas tenho certeza que o grupo é qualificado e o treinador que assumir vai conseguir levar o time para brigar pela liderança – explicou.

GAZETA PRESS