| 17/08/2006 16h46min
Em 2005, Mari participou de toda a fase de treinamentos para o Grand Prix, mas não fez parte do grupo pentacampeão. Às vésperas da viagem para a competição, a jogadora tomou a decisão de fazer uma delicada cirurgia no ombro direito. A recuperação foi difícil e ela chegou a ouvir que poderia não voltar a jogar como antes. Um ano depois a situação é outra. Empenhada nos treinamentos, Mari garante que está pronta para ajudar a seleção feminina a conquistar o hexa:
– Estou com sede de jogar esse Grand Prix – declarou.
O incentivo a mais veio durante a Copa Pan-Americana, disputada em julho, em Porto Rico. O Brasil levou o título e Mari foi eleita a melhor atacante e melhor jogadora do campeonato.
– Estou feliz para caramba. Depois de um ano, lembro de tudo que passou. Toda a luta e o tanto que chorei para agüentar a dor, mas fui firme e encarei – disse a paulista de 22 anos.
Na hora que recebeu o prêmio na Copa Pan-Americana, a jogadora ficou surpresa, mas agora espera repetir no Grand Prix as boas atuações.
– Fazia tempo que eu não ganhava um prêmio individual. Quando anunciaram que a melhor jogadora era a número 3 do Brasil, cheguei a olhar para a camisa das outras jogadoras até me dar conta de que era eu – lembrou Mari.
Na quadra, o jeito sério não deixa transparecer tudo o que Mari passou.
– No início da recuperação, parecia que o meu braço não era meu. Eu sabia o que tinha de fazer, mas ele não obedecia. Saí chorando de muitos treinos, chutando tudo que via pela frente. Mas a recompensa veio agora. Estou muito animada e darei o meu melhor – garantiu.
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