| 04/08/2002 21h27min
Ele fez o golaço de empate do Criciúma no amistoso de sábado, 3 de agosto, contra o Inter, mas foi instantes antes do jogo que virou o centro das atenções. Cercado de repórteres gaúchos no gramado do Beira-Rio, Delmer confirmou tudo o que havia dito durante a semana à mídia catarinense sobre o cai-cai do Caxias no jogo contra o Avaí, pela quarta rodada do quadrangular final da Série B do ano passado.
– Falei o que aconteceu mesmo. A ordem veio da direção – reforçou o maior artilheiro da história grená, que deixou o Estádio Centenário, em litígio, logo após o Gauchão.
As declarações de Delmer desviaram as atenções na semana em que o Caxias joga sua última cartada pela inclusão na Série A do Campeonato Brasileiro – quinta-feira, deve acontecer o último julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O jogo contra o Avaí, em Florianópolis, voltou à pauta, roubando a cena da partida entre Figueirense e Caxias. Ou seja: de vítima, o time gaúcho passa à condição de réu. Pelo menos, essa é a intenção dos catarinenses.
O supervisor do Figueirense, Oswaldo Paschoal, disse que levará gravações de declarações de Delmer à Confederação Brasileira de Futebol e ao STJD. O objetivo é pedir uma punição mais severa ao Caxias, que foi condenado com perda dos pontos e de parte da renda. Porém, o presidente do STJD, Luiz Zveiter, já avisou que apenas o Avaí pode entrar com pedido de novo julgamento do cai-cai.
E como a direção avaiana afirmou não ter interesse em entrar com o pedido já que, mesmo se vencesse a nova batalha, ainda não conseguiria chegar à Série A, o caso não deve ter andamento. A direção do Caxias silencia por considerar encerrada a questão.
– Fico triste com o que está acontecendo. Eu não gosto de falar inverdades. Nosso treinador o Joel (Cornelli) pediu amparo. Estávamos com sete jogadores. Os dirigentes que estavam na arquibancada deram a ordem. Qualquer time em nossa situação faria o mesmo – afirmou Delmer.
O atacante recusou-se a revelar que dirigente teria levado a determinação ao vestiário, no intervalo do jogo. Além disso, abordou a invasão que encerrou antes da hora a partida entre Figueirense e Caxias, pela última rodada.
– Todo mundo viu. A torcida estava escondida atrás das placas. Ninguém invadiu, abriram os portões – acusou.
As informações são do Jornal Pioneiro/RBS
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