| 22/08/2006 14h29min
A prioridade do São Paulo é vencer o Campeonato Brasileiro para retornar à Copa Libertadores da América. Só que o clube também tem a atenção voltada para o futuro. Até por isso, trouxe reforços com claro potencial de evolução, como foi o caso do lateral-direito Ilsinho. Nesta terça, o técnico Muricy Ramalho deixou claro que gostaria de fazer parte do projeto do Tricolor para 2007.
Com contrato até o final do ano, Muricy Ramalho ainda não foi chamado pelos dirigentes são-paulinos para tratar de uma possível permanência.
– Aqui em São Paulo voltei a ser pai, consegui colocar tudo em ordem. O que gosto é de lugares que se respeita a palavra trabalho. Por isso é difícil me ver trocando de clube assim – disse o técnico, elogiando a seriedade e o planejamento do clube do Morumbi.
Na visão de Muricy, os dirigentes do futebol brasileiro deveriam levar em conta todos os frutos que são trazidos pelo treinador ao definir uma contratação ou renovação de contrato. Neste caso, são incluídos desde títulos até o lucro de jogadores negociados com o exterior.
Desta forma, o treinador tem ao seu favor a participação na recuperação do Inter, o atual campeão da Libertadores.
– Não sou um profissional que se apega à propaganda. Acho que o técnico precisa deixar algo no clube, dinheiro ou jogadores – afirmou.
Segundo Muricy Ramalho, o futebol não tem mais espaço para o treinador que trabalha apenas dentro de campo. Ele lembra que profissionais antigos, como Rubens Minelli e Telê Santana, foram os pioneiros em modificar a função de técnico.
– Não dá mais só para trabalhar dentro do campo e ir embora – destacou.
Com um estilo simples em lidar com os problemas, Muricy Ramalho prefere, porém, deixar de lado a classificação de empreendedor para seu trabalho no São Paulo.
– Não sei o que sou. Só acho que o técnico, hoje em dia, precisa ter uma visão diferente – finalizou.
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