| 05/08/2002 20h06min
Apesar da difícil situação econômica que enfrenta, o governo argentino parece convencido de que só conseguirá uma ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI) depois que o órgão der alguma assistência ao Brasil, disse o ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna.
Há meses a Argentina negocia, sem resultados, uma ajuda do Fundo para tentar reverter a pior crise econômica de sua história. Alguns economistas acreditam que o aumento das dificuldades financeiras na América Latina são consequência de um contágio dos problemas argentinos. O FMI, entretanto, tem evitado, cautelosamente, falar em contágio. Segundo Lavagna, com sua estratégia, o FMI tenta evitar que Mercosul seja obrigado a seguir os passos de Buenos Aires e declarar o fim do pagamento de suas dívidas públicas.
De acordo com analistas, durante sua presidência, Bill Clinton tinha uma inclinação maior a ajudar a América Latina do que o seu sucessor, George W. Bush, o que ficou provado com um pacote de ajuda ao México em meados da década de 90. No caso uruguaio, o Tesouro dos EUA anunciou neste fim-de-semana um empréstimo de US$ 1,5 bilhão para o país, assolado por uma crise econômica.
O presidente do Banco Central brasileiro, Armínio Fraga, disse recentemente que espera fechar um acordo com o FMI até 12 de agosto.
Mas, apesar de entender as urgências do Fundo, Lavagna observou que a Argentina precisa de apoio para estabilizar a economia e dar início ao renegociamento da dívida pública. A Argentina não espera que o FMI envie dinheiro, mas sim que restabeleça os vencimentos da dívida para este ano e 2003 para evitar que o país não cumpra os prazos.
As informações são da agência Reuters.
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